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Em 18 dias, coronavírus derrubou arrecadação e venda de combustíveis no Acre, diz boletim da Sefaz

Em 18 dias, coronavírus derrubou arrecadação e venda de combustíveis no Acre, diz boletim da Sefaz

A emissão de notas eletrônicas na Secretaria de Fazenda do Acre começou a registrar queda significativa entre os dias 21 e 27 de março deste ano logo após as medidas de quarentena adotadas pelo governo do Estado. A redução é reflexo do fechamento dos estabelecimentos empresariais, informa um boletim oficial emitido pela Sefaz que trabalha e analisa os dados da economia local, o volume de consumo e preços, desde o início da quarentena por conta do coronavírus.

Entre os dias 26 de março e 1º de abril houve uma queda de 14,04% nas emissões de notas eletrônicas em relação a semana anterior. Isso ocorre em função da diminuição do consumo durante o isolamento social e as restrições de circulação.
O impacto maior é no varejo, setor com mais de 25% de queda na comparação entre a última semana e o período antes da Covid-19. Nesse cenário, o atacado é a segunda atividade mais afetada (-12,88%), tendo registrado um crescimento na indústria de 1,8%.

Os dados têm fundamentação nas informações do sistema da Receita Estadual, que se baseia, sobretudo, em números contidos em documentos fiscais eletrônicos.

Queda no setor de combustíveis

O consumo de combustíveis no Acre registrou queda entre os dias 21 e 27 de março após as medidas de quarentena, quando as vendas caíram 23,5% em valor e 22,7% em volume na comparação com o período anterior à Covid-19. Porém, esse movimento apresentou leve recuperação, registrando redução menor nas vendas de 20,6% em valor e 18,6% em volume em comparação com o período anterior à pandemia.

A queda em volume apresenta percentuais menores, pois a diminuição em valor é alavancada não apenas pela contração das vendas, mas também pela redução recente do preço médio dos combustíveis.

O combustível com maior queda de vendas em valor no período é o etanol (36%), seguido pela gasolina aditivada (29%).

O mesmo ocorre para o volume, com o etanol caindo 36% e a gasolina aditivada 27%.

Em relação ao preço médio, os combustíveis analisados têm apresentado movimento de queda no período mais recente, reflexo da atual conjuntura internacional acerca do petróleo, exceto o etanol que manteve o preço médio estável durante todo período de análise.

A gasolina comum, por exemplo, chegou a atingir R$ 4,91 no início do período analisado, estava em R$ 4,88 no dia 21 de março e reduziu ao patamar de R$ 4,72 no dia 1º de abril, última data de análise do presente relatório.

As duas maiores cidades do Acre, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, apresentaram respectivamente o preço médio R$ 4,65 e R$ 4,88 durante a última análise.

Decreto de calamidade

O decreto de calamidade pública que obrigou o acreano a ficar confinado em quarentena em casa e proibiu atividades diversas com o objetivo de evitar aglomerações para conter o coronavírus está em vigor desde 17 de março.

Foram mantidas as atividades na indústria, as empresas que participem, em qualquer fase, da cadeia produtiva, da distribuição de produtos e da prestação de serviços de primeira necessidade para a população, setor de alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e higiene, água, gás, combustíveis; supermercados, mercadinhos e congêneres; transporte fluvial em balsas, restaurantes localizados em rodovias, oficinas em rodovias, agropecuárias, lavanderias, borracharias, call center, chaveiros, bancos e lotéricas, construção civil, hotéis, para os clientes já hospedados ou para novos, desde que no interesse da administração pública, motéis, funerária, telecomunicações e manutenção de redes elétricas e de telefonia e internet.

Serviços em estabelecimentos médicos, hospitalares, farmacêuticos, veterinários, psicológicos e odontológicos, os laboratórios de análises clínicas e as clínicas de fisioterapia também estão liberados.

Ainda de acordo com o decreto devem funcionar com prévio agendamento do cliente e redução do número de funcionários no local, as empresas dos seguintes ramos: óticas, concessionárias de veículos, oficinas mecânicas urbanas e pet shops.

O governo mantém a suspensão das atividades dentro de templos, espaços públicos ou privados com o objetivo de evitar aglomerações.