Nada é tão ruim que não possa piorar. Em meio à pandemia de covid-19, surto de dengue e uma enchente do rio Acre que já desabriga dezenas de famílias, mais de 60 roçadores e pelo menos 50 garis empregados de uma empresa que prestam serviço para a Zeladoria da Cidade ainda não receberam seus salários de janeiro.
Na quinta-feira passada quando eles fecharam a entrada da sede do órgão em protesto houve a promessa de que os pagamentos seriam efetuados até a última segunda-feira, o que não aconteceu.
Há relatos de trabalhadores passando necessidades, praticamente sem ter o que comer em casa.
"Se não nos pagarem, nós vamos ter que paralisar de novo. Só trabalho, trabalho e trabalho e sem receber. Estamos praticamente passando fome já, sem nada em casa. O negócio não tá fácil pra nós", desabou ao Notícias da Hora um gari, que pediu para não ser identificado.
O secretário da Zeladoria da Cidade, Joabe Lira, informou que pagamento é efetuado por mediação, porém o repasse na gestão anterior era feito por posto de serviço.
O secretário disse ainda que a prefeitura não atrasou pagamentos, pois os repasses, conforme o contrato, são realizados até o 15º dia útil do mês subsequente e vínculo dos trabalhadores é com as empresas, não com o Município.
Há rumores de que os caçambeiros que prestam serviços para o Município também entrem na fileira dos protestos, caso os pagamentos não saiam na data prevista.