Existe um adágio popular nas regiões banhadas por rios, que diz mais ou menos assim: "água não tem cabelo", ou seja, é perigoso, não tem onde se agarrar, até mesmo para os que sabem nadar, é bastante arriscado.
Mesmo assim, parece que o proprietário de uma embarcação, lá do município de Lábrea, no sul do Amazonas, não entendeu o recado, e durante as viagens com destino ao município vizinho de Pauini, o barco de sua propriedade sai sempre com a lotação excedida, colocando em risco a vida de passageiros e tripulação.
Segundo informações da Agência Fluvial de Boca do Acre, há menos de dois anos, um acidente ocorreu em virtude da superlotação, e uma criança de apenas quatro meses de existência, acabou falecendo por causa da irresponsabilidade do proprietário.
Autoridades competentes repudiaram a ação, e existe possibilidade de punição para o proprietário da embarcação.
"Cinco pessoas já fizeram denúncia, o que acontece, essa é uma embarcação lá de Lábrea, que tem o costume de sair sempre lotada. Essa pessoa já sofreu um acidente sério há alguns anos atrás, e faleceu uma criança de quatro meses", explica uma pessoa que não quis se identificar.
As viagens de barco são uma grande opção de deslocamento nessa região, haja vista não existir integração através de estradas.