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Emergências climáticas no Acre estão associadas a ciclone de baixa pressão atmosférica e a elevada umidade do ar no Oceano Atlântico

Emergências climáticas no Acre estão associadas a ciclone de baixa pressão atmosférica e a elevada umidade do ar no Oceano Atlântico

Os estados do Acre, Rondônia e do Amazonas, zonas de selva da Bolívia e do Peru, estiveram na rota do mau tempo.

Um ciclone de baixa pressão atmosférica formado em Rondônia e a elevada umidade do ar no Oceano Atlântico, foram os fatores climáticos que provocaram as chuvas mais intensas dos últimos 60 anos. Os estados de Rondônia e do Amazonas, zonas de selva da Bolívia e do Peru, estiveram na rota do mau tempo. Os dados foram confirmados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fenômeno se formou sobre o Vale do Guaporé e na Bolívia. Os impactos não foram maiores porque a tempestade tropical perdeu a intensidade.

Foi sob a capital Rio Branco que as fortes chuvas provocadas pelo ciclone caíram com maior intensidade com o acumulado de 173,6mm em apenas 12 horas na trágica quinta-feira, dia 23 de março. Essas informações são do site o tempo aqui, do geógrafo Davi Friale.

“Os três recordes anteriores de chuvas intensas em Rio Branco foram 159,2mm, no dia 14 de fevereiro de 2018, 140,8mm, no dia 2 de dezembro de 2022, e 135,2mm no dia 10 de dezembro de 1987” explicou Friale.

Ainda de acordo o geógrafo, no mês de março, em Rio Branco, a chuva mais intensa ocorreu em 2004, com o registro no dia 22, de 113,8mm.

O acumulado de chuvas do mês de março deste ano (428,8mm) atingiu mais de 60 mil pessoas da zona rural e zona urbana em oito cidades do Acre. Choveu 66,3% do que era esperado para o mês de março (257,9%). Outro registro histórico da quinta-feira, dia 23, foi o registro da temperatura máxima em Rio Branco, 24ºC, a menor entre todas capitais do país.

Alertas para a subida do nível das águas do rio Acre e enxurradas dos igarapés foram feitos pelo geógrafo Davi Friale uma semana antes das emergências climáticas.