“O que era lixo vai se tornar em um produto para as pessoas se alimentarem. Às vezes um quilo de arroz, feijão, açúcar faz a diferença na cesta básica da maioria das pessoas, principalmente das mais carentes e que sobrevivem de programas sociais ou que não tem nenhuma fonte de renda”, diz o empresário
Em tempos de discussão sobre a preservação da Amazônia, o empresário Gilson Torres, de Tarauacá, deu início a um projeto ambiental, que assim como um pequeno beija-flor que luta para apagar o incêndio na floresta, ele busca por meio da sua inciativa transformar o ambiente em que vive. Na última sexta-feira, 30, ele lançou o “Mercadinho Solidário”.
A proposta de Gilmar Torres é simples. Trocar resíduos sólidos (lixo) por alimentos. Materiais recicláveis como latinhas de bebidas, garrafas pets, folhas de alumínio em descarte, panelas, baterias, motor de geladeira, garrafas de vidro de bebidas alcoólicas, plástico em geral.
“O que era lixo vai se tornar em um produto para as pessoas se alimentarem. Às vezes um quilo de arroz, feijão, açúcar faz a diferença na cesta básica da maioria das pessoas, principalmente das mais carentes e que sobrevivem de programas sociais ou que não tem nenhuma fonte de renda. E na recessão que o nosso país passa atualmente qualquer produto alimentício é de grande importância para alimentação”, comenta o empresário.
Você deve estar se perguntando, qual o ganho disso para um empresário? Como manter um projeto deste porte? A resposta é tão simples quanto o próprio projeto sustentável, na mais pura essencial da palavra. Com os resíduos entregues na troca de alimentos, esse material reciclável será comercializado e toda renda destinada para a compra de novos alimentos para o estoque do “Mercadinho Solidário”, uma via de mão dupla.
Gilmar Torres, que é filho de Tarauacá, disse que a ideia é ampliar o projeto para todo o município. Pioneiro, o projeto tem o objetivo de firmar parcerias com as associações de bairros e a partir daí ter pontos de coletas espalhados por toda Tarauacá. É um projeto simples, mas com potencial socioambiental pensado em cidades modernas do País, como Curitiba, uma das cidades mais limpas do Brasil.