A enchente do Rio Amônia deixou rastro de destruição na terra indígena do povo ashaninka, em Marechal Thaumaturgo, no Acre. As imagens mostram a maioria das residências completamente alagada pelas águas. Apesar de durar apenas quatro dias, a situação preocupa.
“A situação agora na Aldeia, o Rio já desceu [baixo o nível das águas], mas agora vem as outras consequências. Na época que estava cheio, todo mundo saiu de suas casas. Ficaram sem as suas roças. Secou o rio, mas as roças [mandioca] ficaram todas ruins, ficam podres depois de quatro dias debaixo d’água”, disse Wewito Piyãko, presidente da Associação Apiwtxa, do povo Ashaninka.
Ele destacou outra preocupação: os desbarrancamentos causados pela vazão do rio. “Agora está caindo muito barranco, está barrancando muito, já levou casas, mas o tempo continua nublado”, reforçou apontando que uma nova enchente não está descartada.
Questionado sobre o futuro, Wewito Piyãko afirmou que contará com a solidariedade presente no meio do seu povo para socorrer àqueles que perderam tudo na enchente do Rio Amônia.
“Vamos ter que se virar para ver quem ficou com roça até todo mundo se afirmar nos seus espaços novamente e plantar as suas macaxeiras de novo”, pontuou.