Um grupo de profissionais da enfermagem, que atuam na UPA do 2º Distrito, em Rio Branco, unidade referencia para casos suspeitos de Covid-19, promete radicalizar caso não recebam melhores condições de trabalho no local. Eles alegam sobrecarga de trabalho para poucos profissionais.
Um das técnicas que trabalham na UPA diz que a situação ficou ainda pior essa semana, com o aumento no número de internados. “Tem pouco mais de trinta leitos, e está tudo cheio. A demora para o pessoal ser transferido para o Into é ainda pior. Para se ter ideia, são só três profissionais para atender todos”, reclama.
Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), a demanda realmente está alta, e faltam profissionais, contudo, a gestão trabalha para minimizar a baixa quantidade de técnicos e contratar novos servidores por meio de processo seletivo ainda vigente. Até esta segunda-feira, dia 11, cinco médicos e três técnicos de enfermagem já foram chamados.
Como ato de repúdio à situação, os trabalhadores agendaram um ato para as 13h30 desta segunda, em frente à UPA do 2º Distrito, e comunicaram à imprensa para que pudessem contar todos os detalhes da situação que passam dentro da unidade de saúde. Estaria faltando até EPIs para os servidores.
“Ainda a gente não precisou comprar do bolso, mas é uma correria do pessoa indo atrás até de TNT para fazer avental. Os materiais que vem são poucos e vez ou outra está faltando, e quem fica no risco maior é a gente, que está na linha de frente correndo risco no atendimento dos pacientes”, completa a técnica.