Um “buzinaço” foi realizado nesta quarta-feira, dia 1º, em Rio Branco, organizado por entregadores dos aplicativos de delivery. O ato é para exigir melhores condições de trabalho, incluindo os valores das taxas cobradas dos clientes que recebem os produtos.
Os entregadores saíram em grupo pelo Centro da capital e depois seguiram até o Calçadão da Gameleira, no 2º Distrito. Em meio à paralização, tida como uma espécie de greve geral“, os consumidores que tentavam pedir comida pelo celular ficaram sem o serviço.
“Fica difícil. Eu faço corrida aqui para o Bosque, do Centro, ou até na Estação, e o máximo que a gente recebe é uns R$ 4,0 ou R$ 5,00. Fica complicado trabalhar assim, porque o combustível aumentou e a manutenção das motos também”, diz o entregador Everson Santana.
Ao menos 100 entregadores participaram do ato de protesto. Fernando Santos, de 24 anos, conta que além de pagar a alimentação com o que recebe, precisa pagar o financiamento. “A minha moto eu comprei para fazer corrida, mas estou meio arrependido, porque não compensa”, diz.
Atualmente, segundo Fernando, há vários grupos de entregadores, e somados aos que estão na ativa, trabalhando, o quantitativo pode chegar a 450 trabalhadores. “É um número grande de pessoas nas ruas, todo dia, e precisamos ser valorizados também”, reclama o entregador.