Na próxima quarta-feira, dia 24 de maio, a estrada que faz o percurso entre Boca do Acre no Amazonas e Rio Branco no Acre, pode ser fechada por tempo indeterminado no trecho que compreende o quilômetro 45 até o 75, foi o que alertou algumas lideranças da etnia Apurinã, caso não haja o cumprimento por parte do Governo Federal, da pavimentação asfáltica nos trechos de barro que ainda restam na região.
Duas aldeias existem na rodovia federal, e estima-se que residam ali mais ou menos 700 índios Apurinãs. Os líderes contam com o apoio maciço dos comunitários, que reivindicam além disso, outras várias pautas da Fundação Nacional do Índio [FUNAI], que há muito não foram cumpridas pela instituição federal.
O presidente da Cooperativa de Táxi Acre Purus, Lucas Pompeu, disse que foi informado da situação através de um ofício.
“Recebemos um comunicado via documental, que a paralisação será por tempo indeterminado”, revelou.
O autônomo ainda completou que o movimento conta vários apoiadores, entre eles motoristas de caminhão e taxistas de viração. Além disso, o profissional explicitou que os pontos mais difíceis de se trafegar encontram-se entre o kilômetro 45 até o 52, que se torna pior com a inverno prolongado que assola a região, causando vários pontos com atolamento.
Segundo ainda o líder taxista, o DNIT do Amazonas tem escritório sediado no município de Humaitá, é o responsável pela conservação das partes de barro, mas não dispõe de dinheiro com previsão para reparação dos pontos mais prejudicados da referida estrada.
“Os serviços que foram realizados nos últimos quatro anos foram paliativos”, lamentou o taxista.