A apresentação do cantor Lukas Agustinho na Comunidade Batista Vida que aconteceria no domingo (30) foi cancelada. A decisão foi tomada pelo pastor da igreja, Marquinhos Maciel, após um mal-estar nos bastidores do meio eclesiástico, sobretudo com membros da Associação dos Ministros Evangélicos do Acre (Ameacre).
“Realmente o Lukas ia estar com a gente, mas para não criar nenhum desconforto com o gabinete da vice-governadora, a gente resolveu não realizar o evento. Ele vai para o culto como crente. Se eu posso evitar o problema, não posso criá-lo. Infelizmente é o Incômodo de alguns pastores. Infelizmente a gente tem que lidar com essas pessoas que não querem crescer e ainda querem atrapalhar o crescimento dos outros”, diz o pastor da CBVida.
Entenda a polêmica
Lukas Agustinho chega a Rio Branco no domingo para cantar na noite gospel da Expoacre na segunda-feira (31). Há um contrato de exclusividade com o evento. A ideia de Marquinhos Bombeiro, que é amigo do cantor, era aproveitar a estada do artista para levá-lo à CBVida. Ambos cumpriram uma agenda evangélica juntos nos EUA recentemente.
Segundo apurou o portal Notícias da Hora, o show do cantor Lukas Agostinho na Expoacre deve custar R$ 120 mil ao governo do Acre. O evento é organizado pela Associação dos Ministros Evangélicos do Acre (Ameacre), em parceria com o gabinete da vice-governadora Mailza Assis, e a Acisa. O show será gratuito.
O presidente da Ameacre, pastor Eldo Gama, confirmou o mal-estar, mas evitou polemizar o assunto.
“É importante ressaltar que quanto à associação, é porque esse é um evento que visa unir a comunidade evangélica. Quando você faz um evento paralelo ao evento do Estado, entendemos que deve haver uma exclusividade. Quanto a ele cantar na igreja, não vejo problema, desde que não houvesse essa divulgação como foi feita. Nós, especificamente, não vamos atrás de briga”, pontuou o líder evangélico.
Na manhã desta sexta-feira (28), a Ameacre promove um café da manhã no Parque de Exposições Wildy Viana para tentar reafirmar a “unidade” das igrejas, o que não acontece na prática há alguns anos.