O ex-vice-governador do Acre, Major Rocha, utilizou mais uma vez as redes sociais, porém não para falar sobre aquariofilia –, hobby antigo de montar aquários, mas para denunciar operadoras de planos de Saúde. O militar da reserva compartilhou uma experiência pessoal envolvendo seu plano de saúde, a Unimed, e denunciou a crescente prática de restrições e negativas de atendimento.
“Eu quero falar com você que paga um plano de saúde pensando em tranquilidade e segurança. Lamento dizer que as coisas não são tão simples quanto parecem”, iniciou Rocha em um vídeo publicado em sua página.
Ele relatou um episódio vivido em dezembro de 2021, quando, após uma cirurgia bariátrica realizada por conta da diabetes, desenvolveu um grave problema na vesícula. A situação se agravou rapidamente, e ele precisou passar por uma cirurgia de emergência no Hospital Santa Juliana. Apesar de estar com o plano de saúde ativo e em dia, Rocha afirmou que a operadora não ofereceu o suporte necessário no momento crítico.
“Fui internado à noite, operado às pressas, e logo depois entrei em choque. Precisei ser transferido imediatamente para a UTI, onde me foi diagnosticada uma hemorragia interna grave. Foram usadas oito bolsas de sangue e plasma, e também foi identificada uma infecção séria. Passei dois dias na UTI, e se não fosse o apoio da minha família, talvez eu não estivesse aqui”, desabafou.
O ex-governador também revelou que, mesmo com os custos da internação cobertos pela Unimed, recentemente recebeu uma cobrança judicial relacionada à cirurgia, o que classificou como mais um absurdo no tratamento dado aos pacientes pelos planos de saúde.
“Estamos vendo, cada vez mais, operadoras limitando ou até negando consultas, exames e tratamentos essenciais. E o pior: mesmo pagando planos caros, muitas vezes é preciso recorrer à Justiça para garantir o que já é nosso por direito”, desabafou.
A fala de Rocha se soma a uma onda crescente de críticas e denúncias sobre práticas adotadas por empresas do setor, especialmente após mudanças recentes nas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que têm gerado polêmicas em todo o país.
“Isso não é só uma questão de economia, mas de saúde e vida. O que deveria ser um direito assegurado se transforma em uma luta constante. Ainda tenho muito a dizer sobre esse tema, e espero que mais pessoas compartilhem suas histórias”, concluiu.