A Associação Família Azul do Acre (Afac), atendendo a solicitação de famílias de Sena Madureira que têm crianças e jovens com transtorno do espectro autista (TEA), realiza um levantamento no município para diagnosticar a realidade deste público. Através de um formulário online, a organização pretende recolher dados e reivindicações para encaminhar ao Ministério Público e cobrar ações dos poderes Legislativo e Executivo.
Entre as informações coletadas, a Associação quer saber se as famílias conseguem remédios para o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) ou se pagam pelos medicamentos. A Afac também busca conhecer as crianças que têm assistência para o tratamento em Sena Madureira, as que se deslocam para a capital, Rio Branco, e as que ainda não têm atendimento em nenhum centro especializado. O objetivo é buscar que o Estado viabilize o tratamento integral no município, meta que reduzirá os gastos das famílias com viagens à capital.
“A ideia do formulário é saber o mínimo para depois expandir e levar orientações, fazer articulações com o Município e procurar que seja oferecido o básico como uma fonoaudióloga e uma psicóloga comportamental. Se o autista não tiver terapia, ele vai mal na escola, vai mal em casa, ou seja, desestrutura tudo”, explica Heloneida Gama, presidente da Família Azul.
A Associação conta com o apoio do deputado estadual Pablo Bregense (PSD) que também tem um filho com TEA e se colocou à disposição da organização. “Esse levantamento da Família Azul é essencial para a formulação de políticas públicas. Infelizmente, no Acre, não possuímos dados precisos sobre esse público, o que dificulta a criação de projetos que atendam as necessidades das famílias que têm filhos autistas. Após o êxito deste levantamento, com certeza levaremos a outros municípios do estado”, disse o parlamentar.