Em meio à polêmica envolvendo Pablo Pereira, alvo de um inquérito policial por comentário homofóbico contra o promotor de Justiça Tales Tranin, sua tia se pronunciou publicamente pedindo desculpas e destacando os transtornos psicológicos enfrentados pelo jovem.
Na tentativa de explicar o comportamento do sobrinho, a tia relatou que Pablo enfrentou traumas significativos desde a infância, perdendo o pai em um acidente aos 3 anos e enfrentando a situação delicada de sua mãe, que ficou em estado vegetativo por dois anos após um acidente de carro quando ele tinha aproximadamente 16 anos.
A mulher revelou que Pablo já foi internado diversas vezes em hospitais psiquiátricos, indicando uma luta contínua contra seus transtornos psicológicos. Ela enfatizou que, embora essas circunstâncias não justifiquem o comentário homofóbico, buscam contextualizar o estado emocional complexo do jovem.
"Eu sou tia do Pablo. Vim aqui em nome da nossa família primeiramente nos desculpar pelo comentário do Pablo, dizer que somos contra a homofobia e entendemos a gravidade do assunto. Segundamente venho explicar que o Pablo tem alguns transtornos psicológicos, já foi internado algumas vezes em hospital psiquiátrico. Entendo que nada que foi citado justifica, mas infelizmente nem todo mundo consegue lidar com essas perdas de forma racional e como o Pablo já tinha alguns transtornos acabou sendo ainda mais afetado. De toda forma peço que tentem entender e não só atacar, mais amor e paz! Agradeço a atenção!" - Relatou a tia do rapaz em uma postagem.
Diante dessas revelações, a família busca sensibilizar o público para a complexidade do estado mental de Pablo, apelando por compreensão e apontando para a importância de abordagens mais empáticas diante de situações desafiadoras.
O QUE DIZ O PROMOTOR
Tales Tranin lamentou os ataques preconceituosos constantes que sofre na internet.
“É uma agressão gratuita de uma pessoa que nem conheço. Não sei nem o contexto que ele fez esse comentário, deve ter sido em alguma outra matéria que eu devia estar atuando. Nem sei, pois só tem o print pequeno. É lamentável que as pessoas ainda sejam atacadas pela sua orientação, pela cor da pele, ou por qualquer outra coisa, alguma religião que segue. É triste, mas a gente tem que combater”, disse ele em entrevista o portal G1.