Dados analisados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), órgão da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), baseados em levantamento do Programa Queimadas (BDQueimadas) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que o trabalho integrado entre órgãos de Comando e Controle tem dado resultados positivos.
A avaliação mostra que o estado apresentou 48 focos de queimadas de janeiro a junho de 2023, contra 137 no mesmo período de 2022, uma redução de 65%. O estudo aponta, ainda, baixa no mês de junho. Este ano foram 31 focos, sendo que em 2022 haviam sido 71, uma diminuição de 56%.
A secretária do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, Julie Messias, explicou que os resultados positivos são uma resposta à atuação conjunta entre vários órgãos e que o governador Gladson Cameli pediu que fosse organizada uma força-tarefa para coibir os ilícitos ambientais, principalmente neste período de seca.
“Não vamos descansar porque tivemos uma redução, vamos atuar com mais eficiência para coibir esses ilícitos ambientais. Temos atuado por meio da Coordenação de Educação Ambiental da Semapi e do Instituto do Meio Ambiente do Acre [Imac], com ações nos municípios e também na capital. Essa é uma atuação conjunta entre órgãos governamentais, e a população, nessa parte da conscientização de que as queimadas degradam o meio ambiente, trazem problemas à saúde e também à nossa fauna”, alertou.
A titular da pasta da Semapi acrescentou que várias ações já vêm sendo colocadas em prática visando se antecipar ao período de seca:
“Sabemos que a situação a partir de julho precisa de uma atenção maior. Temos o Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, criamos a Sala de Situação para mapear e acompanhar os trabalhos. Estamos com técnicos em campo para acompanhar as ações e detectar pontos mais críticos. Temos o Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas [PPCDQ-Acre], tem a parte da fiscalização por meio do Imac, então, é uma atuação conjunta”.
Comando e Controle
Os instrumentos de Comando e Controle regulam, controlam e fiscalizam e são aliados no combate às queimadas. A Semapi, junto ao Imac, Secretaria de Segurança Pública (Sejusp), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Bombeiros, Secretaria de Planejamento, Casa Civil e outros, coordenam as ações executadas.
Essa atuação também é coordenada junto a órgãos federais, como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).