O gás de cozinha sofreu novo reajuste, desta vez, de 5%, nas refinarias. O anuncio foi feito nesta sexta-feira, dia 27, pela Petrobrás. O reajuste deve chegar a no máximo 3% no bolso do consumidor, mas o impacto pode levar a botija de 13kg à casa dos R$ 90,00, acreditam empresários.
André Lázaro, dono de uma revendedora, classificou o aumento como negativo. “Além de aumentar para a gente, aumenta para os clientes, e aí fica difícil, porque isso pode causar até a redução nas vendas. Pouca gente aguenta um aumento assim”, avalia o empresário.
Este é o terceiro aumento seguido no preço do gás para botijões de 13 quilos. Em novembro, a companhia reajustou em 4% o preço do gás de cozinha. Em outubro a alta foi de 5%. Após seis ajustes no ano (cinco aumentos e uma queda de 8,2%), o combustível tem alta acumulada de quase 10% no ano. A medida também atinge o gás industrial.
Outro revendedor do bairro Placas, Agnaldo Soares, acredita que com toda a carga tributária, mais a margem de lucro, a botija residencial deve beirar ou até ultrapassar os R$ 90,00. “Fica difícil a gente dizer sem ver a nova tabela da distribuidora, mas pela nossa conta fica até uns R$ 91, mais ou menos”, acredita.
O governo Jair Bolsonaro (sem partido) considera o setor de gás estratégico e iniciou um programa para reduzir a pressão de preços no setor. Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo apontou que o projeto prevê a redução da participação da Petrobras no gás e aumento da concorrência privada.
O pacote em gestação inclui ainda outros três pilares: revisão do modelo tributário do setor, incentivo ao uso do gás para geração de energia e novo marco jurídico para a distribuição, para apoiar a figura dos consumidores livres de gás (que podem negociar o produto sem a distribuidora).