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“Gostaria que não doesse tanto, mas a morte deixa uma dor que ninguém pode curar”, diz filha de Chico Mendes sobre morte do pai

“Gostaria que não doesse tanto, mas a morte deixa uma dor que ninguém pode curar”, diz filha de Chico Mendes sobre morte do pai

Seis dias após o seu aniversário, era assassinado em 22 de dezembro de 1988, em Xapuri, o líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes. O crime completa hoje 35 anos e mudou para sempre o cotidiano da pacata cidade do interiorana, com pouco mais de 19 mil habitantes.

No último dia 16, aniversário de Chico Mendes, a filha mais nova, Elenira Mendes ao relembrar a data, não deixou esconder a dor da perda do pai.

“Gostaria que não doesse tanto, mas a morte deixa uma dor que ninguém pode curar… já o amor deixa memórias que ninguém pode apagar”, escreveu ela ao publicar uma fotografia ao lado do pai.

A luta de Chico Mendes permanece viva e muita coisa mudou após seu assassinato. Acordos internacionais para o clima foram assinados e de lá para cá o apelo pela preservação e conservação dos biomas, sobretudo o amazônico tem se intensificado.

Apesar dos autores terem sido presos e condenados, a morte de Chico Mendes ainda suscinta muitas dúvidas para os moradores de Xapuri. Há quem acredite que Darli Alves, mandante, e o filho dele, Darci Alves, agiram a mando de alguém com interesses maiores que os deles.

A verdade é que aquele disparo separou de vez Chico Mendes dos seus, mas não foi capaz de calar sua voz.

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