..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

Outras notícias

Governo inicia trabalhos da última campanha de vacinação contra febre aftosa no Acre

Governo inicia trabalhos da última campanha de vacinação contra febre aftosa no Acre

O governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), se prepara para iniciar a partir do dia 1º de novembro a última campanha de vacinação contra a febre aftosa em todo o estado.

Vacinando seu gado há 20 anos ininterruptos com duas campanhas por ano, o Acre é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre de aftosa com vacinação há 14 anos em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa e inspeção animal.

A campanha será realizada durante no mês de novembro e deverá ser aplicada em todo o rebanho bovino do estado, de mamando a caducando. O Acre possui cerca de 3,3 milhões de cabeças de gado, com um patrimônio pecuário avaliado em R$ 4 bilhões. O setor é o terceiro que mais movimenta economicamente o PIB do estado, com cerca de R$ 1 bilhão anualmente. E segundo o levantamento do Idaf, mais de 2 milhões de vacinas já foram adquiridas para serem comercializadas no mercado local.

A expectativa do governo é que se essa se consolide como a última grande etapa de vacinação da aftosa, para que a partir de 2020, o Acre possa ser considerado zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Início de uma nova era

Com um exemplar histórico de vacinação e controle animal, o Acre foi escolhido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como um dos primeiros estados a receber a certificação de zona livre de aftosa sem precisar mais de vacinação, constituindo o Bloco 1 junto com Rondônia e parte do Amazonas.

Para a certificação, o governo do Estado já tem tomado uma série de medidas, como o reforço do quadro de funcionários que atuarão mais em campo, pontos de fiscalização que serão mais atuantes e o investimento em tecnologias de ponta, criando um canal de comunicação maior entre os produtores e o órgão de defesa.

A contrapartida também terá que vir dos pecuaristas. O cuidado com os animais deverá ser redobrado. A aftosa é uma doença de rápida contaminação e proliferação e qualquer caso identificado deverá ser notificado ao Idaf o mais rápido possível.

As vantagens da retirada da vacinação são inúmeras para a valorização da carne acreana, além da economia anual de R$ 5 milhões com a compra de vacinas em todo o estado. A redução de perdas na produção leiteira e de carne, devido aos deslocamentos de rebanhos e de manejo, é outro aspecto positivo da retirada. E, principalmente, a certificação facilita o acesso a mercados internacionais que exigem o status livre da aftosa sem vacinação.

O presidente do Idaf, Rogério Melo, explica que o trabalho para a retirada da febre aftosa no Acre é conjunto, envolvendo governo, produtores e representações como a Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre (Fetacre), o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (Fundepec) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac).

“Estamos garantindo segurança para os produtores e repassando suas responsabilidades para que façam sua parte. Em todos os municípios estão sendo realizadas palestras pelas federações para que os produtores fiquem por dentro de todo o processo e, assim, conquistarmos essa certificação”, conta Melo.

O Idaf também garante que as barreiras sanitárias do Acre são sólidas. Na fronteira internacional, o Peru já é considerado livre de aftosa sem vacinação, o mesmo valendo para a Bolívia na região de Pando. Além disso, o estado não compra grandes remessas de gado, apenas animais para melhoria genética, exportando de 70 a 80% de seus animais de corte e consumindo o restante.