Os atendimentos especializados aos autistas de Tarauacá, cidade que fica no interior do Acre, estão suspensos a partir desta sexta-feira, dia 1º. A prefeitura da cidade, comandada pela pedetista Maria Lucinéia, não paga os serviços do Centro de Tratamento de Integração Sensorial de Referência em Transtorno do Espectro Autista (Centrin) há cnco meses, o que tornou a situação insustentável.
O Centro de Tratamento de Integração Sensorial de Referência em Transtorno do Espectro Autista atende em média 80 crianças cadastradas. O espaço foi criado na gestão da prefeita, e possui equipe multidisciplinar para atendimento dos autistas. A situação foi confirmada pela prefeitura, por meio de nota de esclarecimento.
“Durante todo esse período a equipe Centrin se manteve firme e a postos honrando o compromisso com o ente público, com nossos pacientes e seus familiares (...) hoje, dia 01/09/2023, chegamos a um ponto que se tornou TEMPORARIAMENTE inviável o funcionamento do local”, explicou a gestão do Centrin, coordenado pelo médico Mazinho Maciel.
Em nota, a Prefeitura de Tarauacá colocou a culpa no governo federal que, segundo a prefeita Maria Lucinéia, não repassa os recursos para o serviço há meses. A gestão do município inclusive já teria buscado ajuda em Brasília, junto ao Ministério da Saúde, mas ainda sem sucesso.
“A demora no repasse, solicitado ao Executivo por Jesus Sérgio, ainda no seu mandato de deputado federal, prejudica o trabalho assistencial desenvolvido em Tarauacá. A Prefeitura aguarda o envio do recurso, destinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Fundo Nacional aos Fundos Municipais de Saúde, para dar continuidade às ações, que são prioridade na atual gestão do município”, justifica a prefeitura.
O Centrin oferta serviços de fonoaudiologia, terapia ocupacional, sala de integração sensorial, psicologia infantil e adulto, assistente social, médico da família e psiquiatra aos autistas e a seus familiares. Tarauacá é o único município do interior do Acre que tem um Centrin que permite um atendimento para as crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e a todos os seus familiares mantido pelo Poder Público. Em Cruzeiro do Sul, existe um Centrin só que não conta com o apoio da Prefeitura do município, deixando os custos nas mãos dos proprietários.