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Idosa de 92 com fêmur fraturado é atendida no corredor do PS, denuncia familiar; direção explica

Idosa de 92 com fêmur fraturado é atendida no corredor do PS, denuncia familiar; direção explica

Há 24 horas, a aposentada Creuza Alves Pereira, de 92 anos, está em uma maca no corredor do segundo andar do Pronto-socorro de Rio Branco à espera de um atendimento médico.

A idosa deu entrada nesta sexta-feira (18) na unidade após sofrer uma fratura no fêmur em casa e foi submetida a um raio-X, apenas. A demora ocorre por falta de médico, segundo o gerente de loteria, Afonso Salomão, neto de dona Creuza.

O descaso no antedimento à paciente é grave sob vários aspectos: ela é idosa e está em um corredor, local inadequado, sob risco de ser contaminada pela covid-19.

"Nem refeição recebeu ontem. Os familiares foram comunicados que não havia nenhum médico para atendê-la. Ela permanece numa maca no meio do corredor correndo risco de pegar covid ou qualquer outra infecção hospitalar. Ela reclama de muita dor e principalmente da falta de atendimento médico adequado. Essa senhora é uma heroína, pois lutou na guerra como soldado da borracha; e, sempre foi pagadora do seus impostos. Trabalhou e lutou a vida inteira para o Brasil e quando mais precisa, ela é abandonada pelos médicos. A família e os amigos estão comovidos com a situação e indignados com a direção do hospital. Ninguém apareceu para dar nenhuma previsão de atendimento, nem qual o procedimento que será adotado", relata o neto da aposentada.

O outro lado

O diretor do Pronto-socorro de Rio Branco, Areski Peniche, informou ao Notícias da Hora que foi procurado pela família.

Ele disse à reportagem que a idosa está recebendo os devidos cuidados na unidade dentro do que prevê o protocolo de atendimento nesse tipo de caso. Segundo o gestor, a aposentada está sob os cuidados da equipe do setor ortopédico e já foi medicada na tarde deste sábado (19).

"Ela não está sem atendimento. Já recebeu medicamento, inclusive", diz.

Areski Peniche admite que há insuficiência de leitos. São 39 atualmente, porém há 50 pacientes no setor de ortopedia. "Não tenho leito para colocar agora, talvez daqui para o fim do dia consigamos. Trabalhamos sob demanda. A equipe está trabalhando para acomodar os pacientes", afirma o diretor do hospital.