A Secretaria Estadual de Saúde aguarda o resultado dos exames para atestar se o policial civil aposentado Raimundo Moreira Lima, de 82 anos, que morreu na madrugada deste sábado 28, no Pronto-socorro, estava ou não infectado por coronavírus.
Em estado grave, o idoso deu entrada na emergência da unidade com insuficiência respiratória na noite desta sexta-feira, 27. Assim que ele chegou ao Pronto-socorro, profissionais coletaram as amostras para o teste de Covid-19.
"O diagnóstico está neste momento sob análise dos profissionais do Centro Mérieux, seguindo normalmente ao prazo de 48 horas para a sua divulgação", informou a Sesacre.
O corpo do idoso foi sepultado horas após sua morte, na manhã deste sábado, no cemitério Jardim da Saudade, na Estrada Irineu Serra, no bairro Tancredo Neves.
Dois coveiros de plantão relataram ao Notícias da Hora que não puderam sepultar o idoso porque eles não possuem equipamentos de proteção adequados para trabalho de sepultamento de mortos infectados pelo vírus.
O sepultamento foi feito por trabalhadores de uma funerária local. Com vestimenta descartável, toucas, capas de proteção e luvas, eles conduziram o corpo do policial aposentado a uma urna e a lacraram.
De acordo com um protocolo rigoroso do Ministério da Saúde, os corpos devem ser retirados por uma equipe de saúde, utilizando as medidas de precaução como o uso dos EPIs (máscaras, luvas e demais acessórios).
A gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Mônica Nascimento, negou a informação que circula nas redes sociais de que a família do aposentado teria sido proibida de velá-lo e sepultá-lo.
"O que pedimos foi que os familiares e amigos usassem de discrição no velório, evitando que as pessoas se juntassem muito próximas umas das outras, na cerimônia fúnebre e no sepultamento. Mas apenas isso. Não podemos deixar de liberar o féretro à família. Qualquer pessoa sabe que isso é inconcebível”, disse Mônica Nascimento.