A indígena Maria Lucimar Pereira Kaxinawá, de 131 anos, morreu no último sábado, dia 21, na Aldeia Boca do Grota, no seringal Curralinho, que fica no interior do Acre. A informação foi divulgada pelo líder indígena Ninawa Huni Kui, por meio das redes sociais.
Segundo Ninawa, a indígena, que morava na comunidade e pouco falava o português, tinha documentos que apontavam que ela nasceu em 3 de setembro de 1890. "Maria Lucimar Pereira é uma mulher Huni kui supercentenária brasileira. Seu nome original indígena é Parã Banu Bake Huni Kui, por causa do preconceito, ela teve que registrar-se com um nome aceitável perante o cartório brasileiro”, lembrou.
Ninawa destacou também que Lucimar pertencia “a mais antiga matriarca de todos os territórios do povo Huni kui no Brasil. É a uma anciã da linhagem da minha família, a última prima irmã do meu grande mestre e formador da minha vida, o meu avô Txaná Ixã Duá Bakê, que veio de uma linhagem de grandes chefes hereditárias do meu povo antes da colonização”, publicou.
Lucimar teve a história mais conhecida quando, em 2011, virou manchete internacional em razão da idade, quando tinha 121 anos. A divulgação foi feita pela ONG Survival International, que defende direitos das populações indígenas ao redor do mundo. Segundo o site G1, na época, em entrevista, Lucimar chegou a comentar, de forma lúdica, como tinha sido a juventude dela.