Sara Lima Cruz, 25 anos, estava desde o dia 23 de maio na cidade de Vitória, Espírito Santo. Deixou o Acre em busca de uma vida melhor, agora numa nova cidade, com emprego e um custo de vida que lhe permitisse economizar uma reserva.
Recentemente Sara havia passado por um tratamento de pneumonia, com um rígido acompanhamento no CTI da Upa 24 horas de Carapina, o que fez muitos acreditarem que sua morte foi em razão das possíveis sequelas desse pós-tratamento, com o pulmão fragilizado. No entanto, a médica responsável pelo laudo da necrópsia, após realizar os exames e procedimentos cadavéricos, encontrou um coágulo interrompendo a passagem de ar para seus pulmões, Sara foi perdendo a oxigenação aos poucos até ficar inconsciente e falecer na tarde de ontem, 23 de julho por volta das 14h.
Morando apenas com seu companheiro Deilson dias, de 31 anos, autônomo, ele conta que os momentos de desespero enquanto Sara passava mal, foram de tomadas de decisão bem rápidas.
"Estava tudo bem pela manhã, servi o café da manhã dela, ela tomou bem, comeu, e por volta de 12h, quando foi tomar banho, me chamou, ela tomava banho sentada na cadeira de plástico, por causa do cansaço, ficava facilmente ofegante. Ela me chamou, me ajoelhei na frente dela, segurei a mão dela e fiz uma massagem nas costas, tentando acalmá-la, mas ela foi apagando, e começou a se contorcer e ficar roxa, nesse momento entrei em desespero, desci rapidamente as escadas, aos gritos pedindo para que alguém chamasse uma ambulância, “ME AJUDEM, MINHA NAMORADA ESTÁ MORRENDO, TÁ PASSANDO MUITO MAL” abri o portão do prédio, e chamei o primeiro desconhecido que encontrei com carro, ele subiu comigo, me ajudou a tirar ela do banheiro, colocamos ela na cama, e logo em seguida, aos seus 10 minutos, chegou a primeira equipe do SAMU, realizou os procedimentos de primeiros socorros, mas tiveram que acionar outra de suporte avançado, foram mais 05 minutos de espera, realizaram um atendimento de suporte mais avançado, com oxigênio e massagem cardíaca, mas sem sucesso. Em um intervalo de mais ou menos uns 20 minutos, mais uns 20 ou 30 minutos de atendimento médico e paramédico, Sara veio a falecer.
No Acre, as doações já ultrapassaram pouco mais de 3 mil reais, mas ainda está longe do valor total necessário. A família pede que quem puder contribuir, toda a ajuda mesmo que pouca, fará muita diferença. Seu ex marido, pai de seu único filho de 05 anos, está coletando as doações através da chave pix 68 99953 7172, Banco do Brasil, com o nome Caio Leandro.
O corpo de Sara Lima, se encontra agora no necrotério do Serviço de Verificação de Óbitos - SVO (SESA/ES) e mesmo com o corpo já liberado a família ainda não consegue realizar o translado por falta de recursos financeiros. Amigos realizam uma vaquinha, para custear os trâmites funerários de Sara Lima, que está orçado em quase 25 mil reais. Até o momento, as autoridades e nomes políticos do Acre, não responderam aos apelos dos familiares.
Jovem acreana morre de tromboembolismo pulmonar em Vitória e família e amigos se unem para arcar com os custos funerários e translado
Redação do Notícias da Hora