Um levantamento feito pelo Notícias da Hora junto aos dados coletados pelo Observatório Brasileiro de Políticas públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais, mostra um problema grave e silencioso em Rio Branco e Cruzeiro do Sul: crianças em situação de rua.
Os dados são do Ministério da Cidadania, retirados do Cadastro Único (CadÚnico), e mostram uma radiografia das duas cidades, quanto ao assunto, na série histórica de 2012 a 2021.
Em 2012, em Rio Branco, foram registrados 31 casos, destes, duas crianças viviam em situação de rua. Em 2013 foram 37 casos e 2 crianças em contexto de rua. Veja os demais anos por número de ocorrência e número de crianças: 2014 (47 casos – 2 crianças); 2015 (53 – 3); 2016 (56 – 4); 2017 (114 – 4); 2018 (176 – 5); 2019 (213 – 5); 2020 (2015; 5); e 2021 (136 – 3).
Cruzeiro do Sul registrou uma criança em situação de rua em todos os anos da série.
Dados gerais sobre a população de rua em março de 2025
De acordo com o estudo do Observatório Brasileiro de Políticas públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais, Rio Branco tem 435 pessoas em situação de rua. Os dados foram divulgados este mês, mas se referem a março deste ano.
Em números absolutos, Rio Branco tem a terceira menor população em situação de rua. A capital do Tocantins, Palmas, tem 209 pessoas e Macapá, capital do Amapá, tem 156 pessoas em situação de rua.
São Paulo (SP) é a capital com o maior número de pessoas em situação de rua. São 96.220 pessoas, seguida pelo Rio de Janeiro (RJ), com 21.764 pessoas. Belo Horizonte tem 14.454. A capital mineira é a terceira com o maior número da população em situação de rua.