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Mais da metade dos proprietários de motos no Acre não tem habilitação, mostra estudo

Mais da metade dos proprietários de motos no Acre não tem habilitação, mostra estudo

Mais da metade dos proprietários de motocicletas no país não tem habilitação. É o que mostra levantamento divulgado pela Secretaria Nacional de Trânsito. No Acre, essa informação não é diferente: 53% dos proprietários não tem habilitação. O estado só perde para Pará (54,5%) e Piauí (54,5%) e Maranhão (60%). Rondônia aparece com 51,2%.


De acordo com o estudo, dos mais de 30 milhões de proprietários de motos, motonetas e ciclomotores registrados no país, mais de 17 milhões não têm CNH, a Carteira Nacional de Habilitação, válida para dirigir esses veículos.

O custo acessível das motos, o crescimento de negócios compartilhados, o aluguel dos modelos e a dificuldade de acesso à CNH explicam os resultados obtidos.

O secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, ressalta que o alto custo para tirar a carteira de motorista é um fator determinante, e fala que os resultados da pesquisa desencadearam debates internos.

O estudo revelou ainda que, atualmente, as motocicletas representam 28% do total da frota nacional. Nesse ritmo de crescimento, a expectativa é de que em seis anos os veículos correspondam a 30% da frota nacional.

Homens são 80% dos proprietários de motocicletas, com maioria na faixa etária de 40 a 49 anos. Entre os que possuem habilitação, a maioria tem entre 30 a 39 anos.

Sobre as infrações, o estudo revela que durante a pandemia, o número de delitos caiu, e que depois, a emissão de multas aumentou. Em 2020, foram cerca de 150 mil. Em 2023, mais de 1 milhão. Até julho de 2024, mais de 600 mil autos de infração foram emitidos.

Clarice Santos é universitária e há 13 anos dirige moto. Ela conta que considera os motocilistas imprudentes e destaca que ter habilitação é fundamental.

Entre os delitos, mais de 80% estão associados à não utilização ou uso inadequado dos equipamentos de segurança pelos motociclistas ou passageiros. O não uso de capacete, por exemplo, responde por cerca de 43% das infrações.

Sobre acidentes, o estudo mostrou que as motocicletas representam pelo menos 25% dos sinistros e mais de 30% das fatalidades no trânsito.