O Acre enfrenta um surto de oropouche, com mais de 400 casos confirmados apenas no mês de junho, conforme boletim epidemiológico semanal divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Até o dia 23 de julho, o número de casos chegou a 422, e a doença continua em ascensão.
O levantamento aponta que, atualmente, a oropouche está presente em 95% dos municípios acreanos. Santa Rosa do Purus é o única cidade ainda livre da doença.
Transmitida principalmente por mosquitos, a oropouche é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), que é mantido no sangue dos insetos após picarem uma pessoa ou animal infectado. A maioria dos casos registrados no país afeta pessoas com idades entre 20 e 29 anos.
A doença, que se assemelha aos sintomas da dengue e da Chikungunya, é classificada como arbovirose. O vírus é transmitido pela picada de mosquitos, principalmente da espécie Culicoides paraensis, que é conhecida popularmente como maruim ou mosquito-pólvora.
Outro possível transmissor do agente infeccioso em ambientes urbanos é o Culex quinquefasciatus, chamado comumente de pernilongo ou muriçoca.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, nos ciclos de transmissão observados na natureza, o vírus causador da febre oropouche também foi detectado em primatas não humanos (como macacos-prego) e em bichos-preguiça.