A prefeitura de Manaus informou que foram realizados hoje 198 enterros nos cemitérios da cidade, batendo o recorde pelo quarto dia consecutivo. De domingo (10) até ontem, foram 144, 150 e 166 sepultamentos por dia, respectivamente — todos acima da máxima anterior (140), registrada em 27 de abril, ápice da primeira onda de infecções pelo coronavírus.
Dos 198 enterros, 143 foram feitos nos espaços gerenciados pela Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Urbana) e 55, em cemitérios particulares. A maior parte das mortes (87) foi causada pela covid-19. Do total, somente três vieram de fora de Manaus.
Outras 26 pessoas morreram em casa, ainda de acordo com a prefeitura.
Manaus é uma das capitais mais afetadas pela segunda onda de covid-19. Com população de cerca de 2,2 milhões de habitantes, a capital amazonense soma 91.461 casos confirmados da doença desde o início da pandemia, além de 3.856 mortes, segundo últimos dados divulgados pela prefeitura.
Manaus é "prioridade"
Pela manhã, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que Manaus é prioridade no combate ao coronavírus e que é necessário fortalecer o "atendimento precoce".
"Manaus é a prioridade nacional neste momento, vocês estão ouvindo do ministro da Saúde", disse Pazuello, que cumpriu agenda na capital amazonense. "Não tem como resolver essa situação se não transformarmos o atendimento precoce em prioridade, que aliás já é a prioridade do prefeito atual."
Após a fala de Pazuello, porém, o Ministério da Saúde esclareceu que a vacinação será simultânea em todo país e Manaus não será a primeira cidade a vacinar sua população. Ou seja: a capital amazonense não receberá nem antes nem depois dos demais municípios, e sim ao mesmo tempo.