No episódio desta semana do podcast "Conversa Franca", o convidado foi Marcio Mustafá, empresário de 44 anos, que atualmente atua no setor de construção civil e é candidato a uma vaga na Câmara Municipal de Rio Branco. Filho de pintor, Mustafá se especializou em licitação e construiu uma carreira sólida, marcada por uma visão diferenciada sobre oportunidades no mercado de trabalho. Ex-pastor, ele destacou no bate-papo como sua experiência religiosa o ajudou a se tornar um líder comprometido em impactar positivamente a vida das pessoas.
Um dos aspectos mais notáveis da trajetória de Mustafá é sua decisão de empregar reeducandos — homens que já cumpriram pena e buscam uma chance de reintegração na sociedade. “Deus não pensa como o homem pensa, né? Todo mundo tem o direito de errar. A sociedade tende a excluir, mas o nosso pensamento é diferente: damos oportunidade a quem nunca teve”, afirmou durante a conversa.
Mustafá explicou que muitos desses ex-detentos enfrentaram dificuldades desde cedo, como a ausência de uma estrutura familiar sólida ou de mentores que os orientassem. Isso, segundo ele, contribui para que alguns tomem decisões erradas, mas ele acredita que, com apoio e trabalho digno, essas pessoas podem mudar suas vidas. “Acredito que o trabalho traz dignidade, tanto para a pessoa quanto para sua família. A pior situação é acordar sem saber para onde ir, sem ter como colocar comida na mesa.”
Com uma fala carregada de empatia, o empresário destacou que sua missão vai além de simplesmente oferecer emprego: trata-se de criar um ambiente onde essas pessoas possam reconstruir suas vidas, resgatando a autoestima e a confiança. “A gente não apoia o crime, mas queremos ser uma mão amiga para quem deseja mudar. Tudo começa com a conversão da mente.”
Durante o episódio, Mustafá compartilhou seu desejo de ajudar ex-presidiários a perceber que podem ser uma força transformadora na sociedade. Segundo ele, quando alguém sai do presídio, muitas vezes a família já perdeu a esperança, mas ele acredita na capacidade de mudança dessas pessoas. “Se eu decido dentro do meu coração mudar de vida, eu mudo. Às vezes, isso não precisa de igreja, é uma decisão mental”, completou.
Marcio Mustafá deixa claro que, em sua visão, a inclusão social é uma ferramenta poderosa para transformar não só vidas individuais, mas também toda uma comunidade. Ao dar uma chance a quem já errou, ele acredita estar contribuindo para a criação de um futuro mais justo e inclusivo para todos.