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Ministério da Saúde vai implementar barreiras sanitárias em portos e aeroportos para prevenir entrada de novas variantes do coronavírus

Ministério da Saúde vai implementar barreiras sanitárias em portos e aeroportos para prevenir entrada de novas variantes do coronavírus

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (22) à noite que vai implementar barreiras sanitárias em portos e aeroportos para prevenir entrada de novas variantes do coronavírus.

A instalação de postos de triagem em portos, aeroportos, rodoviárias e rodovias foi uma proposta da prefeitura de São Paulo. O objetivo é evitar que novas variantes do coronavírus se espalhem pelo país. A maior preocupação é com a cepa identificada na Índia. Nesta semana, o Maranhão confirmou seis casos de infecção por essa variante em tripulantes de um navio que veio da Malásia.

O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, diz que a estratégia é identificar pessoas com sintomas respiratórios, fazer testes e, se for preciso, recomendar o isolamento, com foco nos aeroportos e rodoviárias.

“Aqui em São Paulo, já neste final de semana, iniciaremos a montagem das equipes que vão ser dispostas nos três aeroportos, no Terminal do Tietê, com todos os insumos e equipamentos necessários para que, ainda na segunda-feira, mais tardar no final da tarde, iniciemos esse trabalho de monitoramento”, explicou o secretário Edson Aparecido.

O gerente da Anvisa diz que os fiscais já acompanham, aleatoriamente, quem chega ao Brasil por portos e aeroportos, e que a responsabilidade da agência termina ali.

“A atuação da Anvisa é só dentro do aeroporto, na área federal. Saiu do aeroporto, a gente brinca, da calçada para fora, compete à autoridade local fazer essa triagem e esse monitoramento”, disse o gerente de portos e aeroportos da Anvisa, Nélio Cézar Aquino.

Uma norma do governo federal, que passou a valer no dia 14, proíbe a chegada de voos com origem no Reino Unido, Irlanda do Norte, África do Sul e Índia. Estrangeiros que tenham passado por esses países nos últimos 14 dias também estão proibidos de entrar no Brasil.

Mas a regra tem exceções. Brasileiros, imigrantes com residência definitiva e estrangeiros que sejam cônjuges, companheiros, pais ou filhos de brasileiros podem desembarcar, desde que cumpram isolamento de 14 dias, uma recomendação que as autoridades de saúde não sabem se está sendo seguida.

O engenheiro Jonathan Watson é do País de Gales, no Reino Unido, e diz que fez quarentena em Dubai, nos Emirados Árabes, antes de vir ao Brasil trabalhar. Ele conta que preencheu um formulário de saúde pela internet e precisou apresentar um teste negativo para Covid antes de embarcar. Mas, no Aeroporto Internacional de São Paulo, ninguém conferiu.

Em outros países, o controle é mais rigoroso. Neste sábado (22), o governo britânico decidiu separar um terminal no maior aeroporto do Reino Unido, o de Heathrow, em Londres, para os passageiros que chegarem de países da “lista vermelha”, como o Brasil. Turista não entra, só quem vive lá, e mesmo assim precisa fazer quarentena obrigatória de dez dias em um dos hotéis indicados pelo governo britânico, pagando do próprio bolso.

Quem não segue as regras ou é pego na mentira pode pagar multa de até 10 mil libras - R$ 76 mil, ou pode até ser preso.

Atualmente, os Estados Unidos mantém a proibição de entrada a viajantes de 33 países, incluindo o Brasil. Quem esteve em um desses países nos últimos 14 dias está barrado. Nesse caso, para entrar lá, o viajante precisa fazer quarentena de duas semanas em outro país que não esteja na lista de restrição de viagens para os Estados Unidos. A regra não se aplica a cidadãos americanos e quem tem green card.

O site de busca de voos da SkyScanner coloca o Brasil como o único país das américas que não tem informações claras sobre a restrição para viajantes.