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Ministério dos Direitos Humanos registra aumento de 66,8% nas denúncias de intolerância religiosa em 2024

Ministério dos Direitos Humanos registra aumento de 66,8% nas denúncias de intolerância religiosa em 2024

De acordo com levantamento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio do Disque Direitos Humanos (Disque 100), em 2024, o número de denúncias de intolerância religiosa em todo o Brasil saltou para 2.472, representando um crescimento de 66,8% em comparação com as 1.481 ocorrências de 2023. Quando se observa a evolução desde 2021, o aumento chega a impressionantes 323,29%, com quase mil casos a mais em apenas um ano.

A divulgação dos números coincide com o Dia do Combate à Intolerância Religiosa, data oficializada pela Lei Federal nº 11.635/2007 para lembrar a morte da Iyalorixá baiana Mãe Gilda de Ogum, vítima de perseguições e agressões religiosas. Ela fundou o terreiro Ilê Asé Abassá de Ogum em 1988, no bairro de Itapuã, em Salvador, e teve sua casa invadida por um grupo de religiosos em 2000. Após ataques físicos e difamação, Mãe Gilda faleceu de infarto fulminante.

No ano passado, os segmentos mais afetados foram a umbanda (151 denúncias), o candomblé (117) e as religiões evangélica (88) e católica (53). O espiritismo também registrou 36 casos, enquanto outras religiões afro-brasileiras somaram 21. Religiões minoritárias como o islamismo e o judaísmo também foram atingidas, com 6 e 2 denúncias, respectivamente. Em 1.842 casos, a religião das vítimas não foi informada.

O perfil das vítimas também aponta uma predominância de mulheres,que somaram 1.423 casos, enquanto 826 homens foram alvo de discriminação religiosa. Em outros casos, as denúncias envolvem famílias ou comunidades inteiras, sem especificação de gênero.

Como Denunciar

Os casos de intolerância religiosa podem ser denunciados (de forma anônima) pelo Disque 100, serviço gratuito e disponível 24 horas por dia. Além do telefone, o MDHC oferece outras formas de contato, como WhatsApp (61 99611-0100), Telegram (pesquisar "direitoshumanosbrasil") e através de videochamadas em Libras no site oficial.