O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) lançará, no próximo sábado, 16, a partir das 08h30, no Teatro da Universidade Federal do Acre (Ufac), os dados consolidados do Anuário de Indicadores de Violência no Acre referente ao período de 2012 a 2021. A publicação foi produzida pelo Observatório de Análise Criminal, setor que integra o Núcleo de Apoio Técnico (NAT), órgão auxiliar do MPAC.
O evento de lançamento contará, ainda, com a palestra do doutor em Sociologia, Luís Flávio Sapori, que vai falar sobre “A dinâmica da criminalidade violenta na sociedade brasileira: percalços de um processo descivilizador”.
O Anuário apresenta dados e informações sobre o comportamento da violência e da criminalidade no estado, a partir da exploração do conjunto de variáveis dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), das mortes violentas intencionais (MVI), dos homicídios dolosos consumados (HDC), das mortes decorrentes de intervenções policiais (MDIP), dos roubos, do sistema prisional, da violência juvenil, da violência contra a mulher, da atuação do crime organizado, da fronteira e dos suicídios.
“Compreendendo que as soluções dos problemas da violência e da criminalidade não são obra de um único ator social e que requerem inteligência e estratégias coordenadas, apresentamos o Anuário como uma ferramenta analítica capaz de induzir ações coletivas e integradas em favor de uma sociedade de paz”, ressaltou o procurador-geral de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento.
A coordenadora do NAT, promotora de Justiça Marcela Ozório, explicou que o objetivo do lançamento é chamar todos os parceiros e instituições que contribuem com o fornecimento de dados para a construção do Anuário e entregar o produto desse trabalho integrado que o MPAC realiza junto com as instituições.
“O objetivo é municiar as instituições que nos alimentam de informações com dados já formatados, analisados e comparados às taxas nacionais para que nós possamos tomar decisões relativas aos crimes violentos e também a outros crimes que envolvem o trabalho de segurança pública”, disse.
Iniciativa inédita no âmbito do Ministério Público, o trabalho consiste em coletar informações, tanto internamente quanto em bases de dados de outros órgãos públicos, dar tratamento às informações através de técnicas de filtração e cruzamento de dados, finalizando com análise e difusão do conjunto organizado de conhecimentos.
Foram utilizadas como fontes, as bases de dados do Observatório de Análise Criminal do MPAC, órgãos do Sistema Integrado de Segurança Pública, da Secretaria Estadual de Saúde, além das fontes informais de consulta.
“A difusão do conhecimento produzido neste relatório é de fundamental importância para o desenvolvimento de estratégias, por meio da análise comportamental, no espaço e no tempo, dos indicadores objetos deste estudo”, acrescentou o coordenador do Observatório de Análises Criminais do NAT, Aldo Colombo Júnior.