Morreu nesta segunda-feira, 17, Dom Moacyr Grechi, arcebispo emérito da igreja católica de Porto Velho (RO). Ele estava internado numa UTI de um hospital da capital rondoniense. A informação sobre a morte do líder religioso foi confirmada pela igreja católica no Acre.
Nas redes sociais, amigos, políticos, autoridades diversas, membros da igreja católica lamentaram a morte de Dom Moacyr.
Dom Moacyr nasceu em 19 de janeiro de 1936. Era natural de Araranguá, Santa Catarina. Em 1949, ingressou no Seminário da Ordem dos Servos de Maria, em sua cidade natal. Em 29 de julho de 1969 foi ordenado sacerdote.
Em 17 de julho de 1972, foi escolhido para ser bispo da diocese de Rio Branco pelo Papa Paulo VI.
Em 29 de julho de 1998, foi nomeado arcebispo de Porto Velho, tendo tomado posse em 8 de novembro de 1998. Aposentou aos 75 anos e foi substituído em 3 de março de 2012 por Dom Esmeraldo Barreto de Farias.
Foi um dos criadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra, entidade que presidiu por oito anos.
Destacou-se pela defesa dos indígenas, dos seringueiros e dos trabalhadores rurais. Lutou pela punição dos assassinos de Chico Mendes, que conheceu pela atuação nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB's).
Foi ele um dos principais denunciantes contra Hildebrando Pascoal, ex-coronel e ex-deputado federal.
Como arcebispo de Porto Velho, contribuiu para a criação da Faculdade Católica de Rondônia, da Comissão Justiça e Paz de Rondônia e para o fortalecimento dos Centros Sociais da Arquidiocese.
Foi membro delegado pela CNBB da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho (Conferência de Aparecida), que aconteceu em maio de 2007, onde teve contato com Mário Jorge Bergóglio, então arcebispo de Buenos Aires, que futuramente seria o Papa Francisco.