O movimento negro no Acre perdeu um de seus mais importantes ativistas nesta quarta-feira (24). O professor, historiador e advogado José Rodrigues Arimatéia, o Ogan Arimatéia, como era mais conhecido, morreu vítima de um câncer aos 49 anos. Ele estava internado na Fundação Hospitalar do Acre.
Filiado ao PCdoB, Arimatéia participou, como integrante do movimento negro do Acre, da elaboração do Estatuto da Igualdade Racial
Nas redes sociais, dezenas de pessoas lamentam a morte do ativista. Uma prova do prestígio e grande número de amigos que Arimatéia possuía.
"Hoje perdemos esse cara extraordinário para o câncer. Ele deixa saudade, bons exemplos e muitos ensinamentos de como devemos insistir por uma sociedade com menos desigualdades sociais", disse o líder do PT na Câmara de Rio Branco, Rodrigo Forneck.
O deputado Edvaldo Magalhães também lamentou: "Nesse momento as palavras me faltam, tenho um engasgo na garganta, um aperto no peito e milhares de cenas na cabeça. Perdemos um grande e especial camarada. O Arimateia fez a passagem e aqui nos deixou um legado de fé, força, esperança e luta".
O diretor-presidente da Fundação Garibaldi Brasil, Sérgio de Carvalho, lembrou que Ogan Arimatéia foi "companheiro dos bons combates".
"Hoje, nosso povo negro, dos terreiros, perderam um irmão de luta. Grande Ogan Arimatéia, que os Orixas lhe recebam no Olorum."