O promotor Glaucio Ney Shiroma Oshiro, chefe da Promotoria Especializada de Defesa da Saúde do Ministério Público do Acre (MP/AC) revelou, em entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição, da Rede Amazônica, que o órgão está avaliando se a contratação da empresa Mediall Brasil causará prejuízo aos cofres públicos.
Através de uma dispensa de licitação, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) resolveu contratar a empresa ao custo de R$ 15,6 milhões para disponibilizar profissionais técnicos e de saúde às unidades especializadas no tratamento de pacientes com a Covid-19.
“Eles justificaram diante dessa situação a contratação de uma empresa para ofertar essa mão de obra especializada. Estamos acompanhando, atentos, quem são essas pessoas contratadas, e se elas já atuam no governo ou estão afastadas, por exemplo”, pontuou o promotor acreano.
Ainda segundo Glaucio Ney Oshiro, o Ministério Público acreano selecionou uma equipe para avaliar o impacto financeiro dessa contratação. “Há um grupo dentro do Ministério Público que está fazendo acompanhamento se isso poderá, inclusive, causar prejuízos aos cofres públicos”, completou.
FALTA DE MATERIAIS – O promotor esclareceu que até esta quarta-feira, dia 06, não houve falta de materiais para o atendimento dos pacientes que chegam às unidades de saúde em Rio Branco e interior. Oshiro destaca que quando isso é percebido, de pronto os produtos são despachados.
“Existe a falta pontual de materiais em unidades de saúde, mas é algo que prontamente se corrige. Nós estamos em rota de adequação atualmente. No que tange à falta de profissionais médicos, para fechamento de escalas, alguns estariam em grupo de risco e outros se contaminando, daí a dificuldade de completar as equipes de saúde”, esclarece.