O Ministério Público do Estado do Acre, por meio da Promotoria Especializada em Defesa da Infância e Juventude e do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), participou nesta sexta-feira, 22, de reunião com representantes da rede de atendimento a saúde mental do Acre, para tratar sobre o fluxo de acolhimento a gestantes e lactantes em situação de rua.
O encontro foi promovido pela Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre). Na ocasião foram discutidos possíveis caminhos para facilitar o acesso de mulheres dependentes químicas aos serviços da rede de atenção psicossocial, para que os processos de gestação e amamentação aconteçam de forma segura, com acompanhamento adequado.
A chefe do Núcleo de Saúde Mental da Sesacere, Márcia Aurélia, que conduziu o encontro, explicou que a reunião partiu da necessidade do diálogo entre diferentes instituições sobre uma problemática que emerge no estado. Ela explicou que são crescentes os casos de gestantes em situação de rua, que fazem uso de substâncias psicoativas e procuram ajuda para tratar a dependência química.
“Nós da Saúde Mental entendemos que é preciso que se olhe amplamente para esse tema. Por isso estamos aqui para que juntas e juntos decidirmos de que forma isso pode se dar da melhor forma, dando mais acesso ao direito dessas pessoas” afirmou Márcia Aurélia.
Para embasar os encaminhamentos foi previamente apresentado o perfil das mulheres em situação de rua no estado do Acre. Após o conhecimento das especificidades do grupo, foi possível que os presentes levantassem pontos importantes como acesso aos direitos sexuais reprodutivos e medidas de incentivo ao planejamento familiar.
O coordenador do Natera, Fábio Fabrício Pereira fez um balanço positivo da reunião. “O encontro colocou luz a uma temática que o Ministério Público já tem problematizado, que é o aumento de mulheres em situação de rua com necessidades específicas a sua condição. Alinhamos aqui alguns pontos de entendimento para construir um processo de trabalho que vise atender as especificidades das mulheres em situação de rua na cidade de rio branco” , disse.