O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor, realizou na última sexta-feira, 04 de agosto, uma reunião com a diretoria executiva da Unimed Rio Branco. O encontro contou com a presença do promotor de Justiça Dayan Moreira Albuquerque, do presidente da Unimed Rio Branco, Herbert Militão, do diretor técnico, Renato Fonseca, do diretor administrativo e financeiro, Marcus Yomura, e do advogado Maurício Spada.
O primeiro ponto discutido foi o descredenciamento pela operadora de clínicas que ofereciam terapias, fonoaudiologia e outros serviços a crianças. A medida suscitou preocupações de mães beneficiárias do plano que buscam tratamento para seus filhos, incluindo crianças autistas, portadoras de Síndrome de Down e outras comorbidades, que participaram de uma reunião no início de julho com o MPAC. Em resposta a essa situação, o MP acreano instaurou um procedimento para acompanhar o caso e garantir que as crianças não sejam prejudicadas.
Na reunião, a Unimed destacou a inauguração do Instituto Unimed Terapias, no dia 1º de junho. O diretor administrativo e financeiro explicou que a criação do instituto, que atualmente atende quase 500 crianças, foi uma resposta ao aumento significativo de beneficiários autistas na operadora. Segundo ele, o instituto busca fornecer um tratamento abrangente, englobando diversas áreas terapêuticas e profissionais especializados.
A reunião também abordou o descredenciamento da Unimed pela Urgil, o único hospital infantil em Rio Branco. Nesse contexto, a Unimed apresentou um projeto para a construção de um Pronto Atendimento Pediátrico e solicitou o apoio do MPAC para intermediar conversas com a Urgil, com o intuito de estender o contrato para o atendimento das crianças até que o hospital próprio da Unimed seja concluído.
Além disso, a Unimed pediu colaboração para agilizar a construção desse novo hospital. Segundo os gestores, caso não haja um acordo para prorrogação do contrato, a operadora vai buscar outros meios para garantir o atendimento aos beneficiários.
O promotor de Justiça ressaltou que o MPAC vem acompanhando os dois casos e busca proteger os direitos das crianças e assegurar que a prestação dos serviços ocorra com qualidade.
“Temos um procedimento instaurado em relação ao descredenciamento das clínicas e continuaremos monitorando a qualidade do atendimento no instituto de referência estabelecido. Além disso, também acompanhamos o descredenciamento do hospital infantil e nos disponibilizamos a ajudar a intermediar um acordo com a Urgil e colaborar para buscar mais celeridade na construção do novo hospital infantil”, afirmou o promotor.