..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

Outras notícias

MPF instaura procedimento para apurar racismo estrutural na segurança privada no Acre

MPF instaura procedimento para apurar racismo estrutural na segurança privada no Acre

É atribuição da Polícia Federal fiscalizar atividade de segurança privada. Reunião com órgãos e representantes do comércio irá discutir o assunto no mês de janeiro

Com o crescimento de ocorrências de prática de racismo por meio de agentes de segurança privada em vários estados brasileiros, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento administrativo para apurar como a Polícia Federal (PF) tem acompanhado e combatido essa prática no âmbito da atuação das empresas de vigilância privada que atuam no Acre.

Segundo o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, é atribuição da Polícia Federal regular, autorizar e fiscalizar as atividades de segurança privada em todo o território nacional, nos termos da Lei nº. 7.102/83, do Decreto 89.056/83 e da Portaria 3.233/2012-DG/DPF

De acordo com a Portaria 3.233/2012, da Polícia Federal, a política de segurança privada envolve a Administração Pública e as classes patronal e laboral, observando a dignidade da pessoa humana, a segurança dos cidadãos, aprevenção de eventos danosos e diminuição de seus efeitos, além do aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada.

Diante disso, foi enviado ofício à PF no Acre questionando a quantidade de processos administrativos instaurados para apurar irregularidades no que tange à atividade de segurança privada desde janeiro de 2019, além de especificar a origem destes processos, ou se foram instaurados de ofício pela própria PF.

O MPF também quer saber de quais canais os cidadãos dispõem para comunicação deste tipo de ocorrência e como estes canais são divulgados.

A PF também deverá explicar ao MPF quais são as ações tomadas para garantir o cumprimento dos objetivos de respeito à dignidade humana e outros previstos na Portaria 3.233, além de quantificar as penalidades aplicadas a esse respeito nos últimos cinco anos, bem como outros detalhes sobre a fiscalização da formação e atuação dos agentes de segurança privada em atuação no Acre.

Por considerar imprescindível envolver as associações e entidades nacionais representativas de supermercados, shopping centers e bancos, bem como organizações do movimento negro e o Conselho Estadual LGBTQIA+ e especialistas neste assunto, para buscar consensos e o engajamento de todos no enfrentamento do problema, o MPF convidou representantes destes entes para reunião no próximo dia 18 de janeiro de 2021.