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Mulher que morreu com suspeita de Covid-19 fez desabafo em áudio sobre atendimento

Mulher que morreu com suspeita de Covid-19 fez desabafo em áudio sobre atendimento

A moradora de Plácido de Castro, Clemilda Matos, de 49 anos, que morreu na Emergência Clínica da UPA do 2º Distrito, em Rio Branco, na tarde desta quinta-feira, dia 16, com suspeita de estar com o novo coronavírus, gravou um áudio antes de morrer onde reclamou da falta de atendimento médico que sofreu.

Na mensagem de áudio, compartilhada em rede social, Clemilda comentou que não foi atendida corretamente no hospital da cidade e que estava indignada com a situação, já que os profissionais não podiam ir à casa dela, e ela estava em isolamento de todos, dentro de casa, há cerca de 20 dias.

Clemilda teria sido impedida de realizar um exame de Raio-X, o que poderia ter indicado problemas pulmonares, logo, sinal de que ela poderia estar com a Covid-19, que desenvolve pneumonia grave, e pode levar os acometidos à morte, como já ocorreu em vários casos no Acre.

“A preocupação está tão grande com as autoridades, que quando se trata de malária, os ACSs precisam ir fazer o tratamento em casa, mas se tratando disso [Covid-19], você tem que se deslocar até o hospital, e conviver com pessoas lá, que talvez até tenham, porque ninguém se disponibiliza para vir na sua casa”, reclamou a mulher.

Clemilda também relatou na mensagem que não conseguiu fazer o exame para saber se estava ou não com o coronavírus, isso porque o hospital de Plácido de Castro estava sem material para a coleta. “Então, é só ficar de quarentena? Estou com mais de 20 dias que não saio da minha casa. Hoje tive crise de falta de ar”, completa.

A mulher, que morreu de parada cardiorrespiratória após mais de 20 minutos de tentativa de reanimação pela equipe médica, disse no desabafo que não há cuidado com os casos suspeitos, e que não foi autorizado o exame no hospital porque ela poderia contaminar as pessoas que estivessem lá.

“Simplesmente vieram aqui olhar, notificar e mandaram aguardar. Então, para que que serve essa preocupação toda que a saúde está mostrando? É para a gente se isolar, se curar e ficar em casa? Deixo aqui minha indignação contra o que estão fazendo no município de Plácido de Castro”, finalizou Clemilda.