De acordo com dados do 1º Relatório de Transparência Salarial, do Governo Federal, as mulheres no Acre ganham 18,3% a menos que os homens. As informações foram obtidas com base em informações coletadas de 104 empresas acreanas com 100 ou mais funcionários. No país como um todo, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens.
No recorte de gênero, 104 empresas acreanas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 33,5 mil empregados. A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. No Acre, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 35,6%.
O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.
No caso do Acre, o relatório registrou que 43,8% das empresas possuem planos de cargos e salários; 31,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 10,4% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 14,6% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.
Apenas 12,5% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 8,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e somente 4,2% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (10,4%) e auxílio-creche (14,6%).