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No Acre, setor da pecuária pode causar desmatamento de 2 milhões de hectares até 2031

No Acre, setor da pecuária pode causar desmatamento de 2 milhões de hectares até 2031

O Estado do Acre pode chegar a marca das 4 milhões de cabeças de gado até 2031, de acordo com a projeção do site Compre Rural. Em 2020, foi registrado um crescimento de 8,3%, chegando a marca de 3,8 milhões de bovinos.

A notícia agrada em cheio os pecuaristas e aquece o setor econômico, mas ao mesmo tempo que notícia parece boa acende um alerta preocupante: o aumento significativo na extensão das áreas de pastagens. A estimativa é que serão necessários 2 milhões de hectares até 2031 para comportar tanto gado.

A projeção de lotação é de 1,38 Unidade Animal (UA) por hectare, isso dentro de uma gestão eficiente. Se a projeção estiver correta, o Acre tem a frente um desafio gigantesco de aliar a tão falada conservação ambiental ao desenvolvimento sustentável.

A expansão da pecuária é apontada como maior causa do desmatamento na Amazônia, segundo pesquisa publicada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O estudo confirma a projeção de que a pecuária pode levar à derrubada de mais 3 milhões de hectares entre 2023 e 2025, caso não sejam adotadas medidas mais efetivas de fiscalização e também medidas para minimizar os impactos ambientais.

Ao falar dos desafios enfrentados pelo agronegócio do Acre, a reportagem pontua o maior dos desafios: aliar o discurso a práticas de sustentabilidade ambiental, uma vez que o aumento de rebanho, e consequente aumento de pastagem, pode contribuir para o desmatamento.

Outro aspecto foi a já conhecida dependência econômica da pecuária de corte, que tende a tornar o Acre vulnerável a flutuações nos preços internacionais da carne e mudanças nas políticas comerciais.

As pressões de mercado internacional é também citado devido a dependência do mercado internacional, que coloca a indústria pecuária do Acre a mercê das flutuações e exigências de mercado.

Por fim, o estudo indica que alternativas viáveis precisam ser adotadas, a exemplo, de práticas agrícolas sustentáveis, certificações ambientais e de bem-estar animal e a necessidade de investir recursos para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias quanto ao uso sustentável e recuperação de áreas já degradadas.