Cantando a música “Passarinho que chama a força”, na linguagem catapiano falada pelos indígenas da etnia Kaxinawá, o digital influencer Kupi Inu Bake, a Cupi Poderosa, mostrou um pouco da cultura Kaxinawá no podcast Conversa Franca, na tarde de hoje (1º), apresentado pelo jornalista Willamis França. Cupi Poderosa, seu nome artístico, disse que um dos seus sonhos é chegar ao Programa da Eliana, no SBT.
“O meu sonho é chegar no Programa da Eliana, do SBT. Quero cantar para ela na minha língua [catapiano]”, destacou ao falar do desejo de conhecer a apresentadora da rede de TV de Sílvio Santos.
Ao falar sobre sua orientação sexual, Cupi Poderosa quebra o silêncio e diz que sofre preconceitos por integrantes da aldeia onde residiu na infância e adolescência, mas que em Rio Branco tem encontrado apoio para superar os desafios.
A respeito da família, ele lamentar que seus pais não aceitam sua sexualidade. “Nem a minha mãe, nem meu pai me aceitam. Eu chorei tanto, queria que eles me aceitassem. Eu já vi dentro de mim que não é gosto pra mim. Eu amo minha mãe e meu pai. O meu jeito que eu sou, não tem como mudar. O povo não me aceita como homossexual”, disse o digital influencer.
Cupi Poderosa argumenta que dentro das aldeias a homossexualidade ainda é um tabu. “Cada aldeia do Acre existe, só que eles não assumem como eu assumi, como acontece na vida. Eles são casais e as mulheres deles ficam com eles [mesmo sabendo da homossexualidade]”.
Ao final, Cupi revelou que recebeu ameaças de morte por parte de um integrante da tribo. “Não foi nem cacique, nem liderança, foi uma pessoa. Ele já chegou pra me matar, me pepinar com a faca. Me mandou sair da aldeia, pra mim não voltar mais”.