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Ondas de calor podem agravar abastecimento de água em estações de tratamento no Acre, aponta estudo

Ondas de calor podem agravar abastecimento de água em estações de tratamento no Acre, aponta estudo

As ondas de calor, intensificadas pelos efeitos da mudança climática, têm representado desafios para a operação de Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) no Brasil, com consequências diretas para o abastecimento de água. No Acre, onde o risco de desabastecimento é considerado o maior do país, os municípios enfrentam um cenário preocupante de sobrecarga nas ETEs, resultando em falhas nos serviços essenciais à população.

O aumento na demanda de água devido as altas temperaturas, combinado com o desgaste físico de equipamentos e infraestruturas devido ao calor excessivo, pode reduzir a eficiência no tratamento e exigir manutenções mais frequentes, gerando custos adicionais para as administrações municipais.

A avaliação mais recente indicou que todos os municípios do Acre apresentam risco alto (45%) ou muito alto (55%) de desabastecimento de água, especialmente em áreas com menos estações de tratamento e que estão mais expostas às ondas de calor. O Acre possui o maior índice médio de risco do país, com um valor de 0,80, o que indica uma vulnerabilidade crítica no sistema de abastecimento estadual.

Entre os municípios mais afetados estão aqueles que enfrentam dificuldades estruturais devido à escassez de Estações de Tratamento de Águas e Efluentes (ETAs). Em Rio Branco, a situação é emblemática, com as estações de tratamento precisando de manutenção constante devido à sobrecarga durante o verão.

A Prefeitura de Rio Branco, por exemplo, aguarda a liberação de recursos federais para a reconstrução da Estação de Tratamento de Água I (ETA I) e já solicitou ao governo do Acre aproximadamente R$ 10 milhões para a reforma da Estação de Tratamento de Águas e Efluentes (ETAL).

Além de reformar a infraestrutura existente, a gestão municipal estuda alternativas para garantir a segurança no abastecimento de água a longo prazo. Entre as soluções consideradas está a perfuração de poços artesianos de mais de 400 metros de profundidade no 2° distrito da Capital. Estudos indicam que essa poderia ser uma fonte viável para o abastecimento de água. Outra medida discutida é a criação de um lago artificial, que também serviria para mitigar os problemas de escassez de água.