O motorista de caminhão da empresa Norte Hortifruti, que transportava 15 toneladas de açaí passou por uma situação nada comum ao se deslocar de Mâncio Lima, onde fica a sede da empresa para Rio Branco. Uma abordagem ao veículo, realizada pela Polícia Militar, acabou causando um prejuízo de R$ 150 mil à empresa.
Segundo contou o site Juruá Informativa, o veículo foi abordado e parado em uma barreira dos militares em Tarauacá. Após a carga ter sido observada pelo comandante da guarnição, o militar teria determinado que toda a carga passasse pelo detector de metais do presídio Moacir Prado, para confirmar se havia ou não material ilícito junto à mercadoria.
Os representantes da empresa enviaram reclamação ao secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, Paulo Cézar dos Santos, onde reclama que, sem justificativa plausível, e sem se identificar, o militar exigiu que a carga fosse verificada no presídio, o que demandou tempo e acabou prejudicando a qualidade dos produtos.
“Ato contínuo, fez com que os detentos descarregassem toda a carga para ser vistoriada, que além de causar a ruptura das embalagens pelo manejo inadequado, pois os sacos eram jogados dentro de uma ‘carrocinha’ e depois carregados pelos presos até o interior da penitenciária, fez com que a mesma ficasse por horas sem refrigeração adequada gerando a fermentação do produto e consequentemente perda total da carga!”, dia a carta.
A denúncia ao secretário também alega que ao tentar filmar e fotografar o motorista do caminhão teve o celular apreendido pelos policiais, contudo, outras pessoas fotografaram os produtos sendo levados para o equipamento do presídio pelos próprios detentos, que foram obrigados a carregar a carga.
A empresa conclui dizendo que não será possível repor a carga estragada, uma vez que a safra do açaí já terminou. “Certos de vosso grande senso de justiça e equidade estamos diante da presença de da presença de Vossa Senhoria em busca de auxílio para que possamos de alguma forma encontrar uma reparação pelo prejuízo sofrido. uma reparação pelo prejuízo sofrido”, diz a empresa na carga ao secretário.