A Comissão (CMA) e a Ouvidoria da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB/AC) reuniram-se com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) na terça-feira, 2, para tratar de novas ações em combate à violência doméstica no estado. Na ocasião, as componentes da OAB/AC apresentaram às representantes do Judiciário o Plano de Ação elaborado para a área com a finalidade de alinhar diversas iniciativas em parceria para fortalecer o trabalho conjunto.
O encontro foi realizado na sede do órgão judicial com a presença da presidente da CMA, Tatiana Karla Martins, de sua vice, Fabíola Asfury, da ouvidora, Caruline Simão, da desembargadora do TJAC, Eva Evangelista, e da juíza-auxiliar da Presidência, Andréa Brito. Na reunião também foram tratados temas como a contribuição da advocacia para a justiça restaurativa - trabalho já realizado pelo Tribunal - e a necessidade de engajamento de toda a sociedade para que a Justiça reabilite de forma concreta os apenados.
De acordo com a presidente da CMA, a discussão foi exitosa por reforçar uma parceria importante para a sociedade acreana, uma das mais assoladas pela violência doméstica no País. Ela destacou que tanto a desembargadora Eva quanto a juíza Andréa Brito são entusiastas da causa e mostram-se preocupadas com o aumento da violência de gênero no Acre. Ela analisa que esse comprometimento das integrantes do Judiciário será extremamente importante para novos avanços.
“A Ouvidoria e a Comissão da Mulher Advogada firmaram compromisso em auxiliar o Poder Judiciário, no que estiver a seu alcance, para tornar a Central de Acolhimento à Vítima [CAV] uma realidade perante o Judiciário. Esperamos que este encontro seja o primeiro de muitos, já que as demandas são inúmeras e apenas com a união entre Judiciário e advocacia poderemos tornar efetivas as ações a serem desenvolvidas em prol de uma sociedade mais igualitária para o gênero feminino”, disse Tatiana.
Já a advogada Caruline Simão destaca que a Ouvidoria da Mulher Advogada da OAB/AC sempre está em busca de adotar medidas concretas no enfrentamento à violência doméstica contra a mulher, bem como outras formas de violência que existem no contexto social. Ela considera que o encontro foi essencial para nortear as ações da Ordem que irão somar no trabalho de proteção.
“Ficamos encantadas com o trabalho realizado pelos grupos reflexivos e, certamente, contribuiremos pontualmente no tocante à ressocialização, principalmente quanto à vítima. Destaco que a Ouvidoria da Mulher Advogada desenvolve suas ações em consonância com a Comissão da Mulher Advogada. Ambas visam políticas públicas e ações efetivas, pensadas e idealizadas para que o índice de violência contra a mulher diminua. É uma atividade que não pode parar em nenhum instante”, finalizou Caruline.