O Acre confirmou 60 casos de infecções por Oropouche e Mayaro, no mês de dezembro do ano passado, abrangendo dez municípios. Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) revelam um aumento em relação ao balanço anterior, com 48 registros em seis cidades.
O levantamento aponta para uma dispersão geográfica dos casos, sendo Rio Branco a cidade mais afetada, com 32 casos de Oropouche.
Os primeiros casos foram identificados em abril do mesmo ano, e o crescimento da incidência preocupa as autoridades de saúde. As cidades de Acrelândia, Brasiléia, Feijó, Manoel Urbano, Porto Acre e Sena Madureira apresentam casos de Oropouche, enquanto Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rio Branco registram casos de Mayaro, com este último sendo também afetado por Oropouche.
Ambos os vírus, transmitidos pelo mosquito Culicoides paraensis e Haemagogus, respectivamente, apresentam sintomas semelhantes à dengue. O Mayaro é conhecido como o "primo" da chikungunya e é endêmico na Amazônia, sendo transmitido em ambientes de mata.
Os sintomas incluem febre, dores de cabeça, dores no corpo e nas articulações, podendo haver vômitos em casos de Oropouche. A similaridade dos sintomas entre Mayaro e chikungunya complica o diagnóstico.