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Os deepfakes são realmente prejudiciais?

Os deepfakes são realmente prejudiciais?

Os deepfakes são vídeos falsos, criados com a intenção de transmitir informações enganosas aos usuários de canais de internet e redes sociais, geralmente tornam virais os vídeos em que se inserem atuações de celebridades ou políticos que não são verdadeiras, ou em os que acabam por dizer coisas que alguns personagens públicos nunca diriam.

Este tipo de conteúdo multimídia tem muitos detratores no mundo, e com muita razão, há quem tenha utilizado esta tecnologia para prejudicar a imagem dos famosos, mas tudo depende do cristal de que se olhe.

Disney melhora os deepfakes

O uso da tecnologia depende de quem a manipula, atualmente foram encontradas novas fórmulas e estratégias para aproveitar ao máximo o alcance dos deepfakes.

Recentemente, a empresa Disney anunciou que seus pesquisadores estão melhorando esta tecnologia para levá-la ao cinema, o projeto busca economizar recursos e tempo aos produtores criando imagens muito reais, só com ampliar a resolução para 1024*1024.

Esta façanha da companhia de entretenimento busca inovar o mercado, com filmes de alta qualidade e sem detalhes ou erros visíveis.

Simular chamadas de vídeo


Os deepfakes podem ter múltiplas utilidades, nos últimos meses o distanciamento social tem feito com que as videochamadas se convertam na maneira mais prática de ver e falar com familiares e amigos.

Esta forma de comunicação on-line levou milhares de usuários a baixar aplicativos de videochamadas em seus celulares, no ano passado eram usados para assuntos de negócios ou para se comunicar com pessoas no exterior.

As pessoas que costumavam responder com "mentiras brancas ou piedosas" já não podem justificar-se com frases como "vou saindo de casa" quando não é certo, ou "estou na casa de minha mãe" quando está em uma discoteca. As mentiras cotidianas próprias da convivência e que se sustentam na não-visibilidade podem extinguir-se com as videochamadas.

Neste ponto os deepfakes podem conseguir transformar o dia-a-dia das pessoas e incentivar o uso de "mentiras piedosas" como reação a uma situação, embora também seja certo que pode ser uma ferramenta ameaçadora para as sociedades em geral.

Através deste método baseado na criação de vídeos com Inteligência artificial pode-se produzir conteúdo audiovisual irreal mas visivelmente efetivo. Com esta tecnologia é possível obter um vídeo muito bem elaborado no qual pode aparecer um presidente com argumentos insólitos, geralmente são utilizados como burla, gerar algum tipo de temor na população, incerteza ou para difamar alguma celebridade.

Estes vídeos parecem muito realistas a olho nu, mas finalmente são falsos, significam um risco para muitas sociedades em que abundam as fakenews, levando em conta que muitas pessoas não têm tempo para verificar as informações antes de compartilhá-las em redes sociais.

Por enquanto, criar um deepfake é um processo que exige tempo e um pouco de conhecimento na matéria, mas a tecnologia avança a um ritmo muito rápido e pode ser que em alguns anos seja fácil elaborar vídeos falsos que poderiam ser utilizados para simular videochamadas, com a intenção de esconder a verdade, ou mentir sobre o que estamos fazendo ou como nos vemos.

Algumas aplicações de videochamadas já podem usar fundos falsos como palmeiras tropicais para suplantar o contexto, outras ferramentas como Avatarify estão criando avatares de usuários em videochamadas. Isto é apenas o início e uma pequena amostra de tudo o que esta tecnologia pode alcançar no futuro.