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Os mistérios da Maçonaria: José Augusto de Araújo Rodrigues esclarece mitos e verdades no podcast ‘Conversa Franca’

Os mistérios da Maçonaria: José Augusto de Araújo Rodrigues esclarece mitos e verdades no podcast ‘Conversa Franca’

Na edição desta quarta-feira do podcast Conversa Franca, recebemos um convidado de grande relevância no mundo maçônico: José Augusto de Araújo Rodrigues. Com 30 anos ininterruptos de dedicação à Maçonaria, ele é Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil – Acre (GOB-AC), Presidente do Tribunal de Justiça Maçônico do GOB-AC e Delegado Litúrgico do Estado do Acre do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito. Além disso, José Augusto foi o primeiro Grão-Mestre do GOB-AC, tendo sido eleito por dois mandatos consecutivos, e ocupa a posição de Embaixador vitalício da Association of Masonic Arts no Acre.

Durante a conversa, ele desmistificou diversas crenças sobre a Maçonaria, explicou suas tradições e trouxe esclarecimentos sobre alguns dos mistérios que cercam essa instituição secular.

Mulheres podem fazer parte da Maçonaria?

Uma das questões mais debatidas sobre a Maçonaria é a exclusividade masculina da ordem. José Augusto explicou que essa característica está fundamentada nos landmarks, princípios imutáveis que regem a Maçonaria desde sua criação.

“A Maçonaria Inglesa, que é a célula mater do mundo maçônico, estabeleceu esses princípios como inalteráveis. Um deles determina que a ordem é exclusivamente masculina. Se o Grande Oriente do Brasil mudasse essa regra e passasse a aceitar mulheres, perderíamos o reconhecimento internacional e seríamos considerados irregulares no meio maçônico”, explicou.

Ele também ressaltou que, apesar disso, a Maçonaria reconhece e valoriza a participação feminina através de suas fraternidades femininas, trabalhando em parceria com elas.

Por que os maçons são chamados de ‘bodes’?

Outro tema curioso abordado foi a origem do apelido “bode” para os maçons. José Augusto explicou que essa associação vem de uma antiga lenda em aldeias de criadores de bodes, onde os pecadores, sem coragem de confessar seus erros a um líder religioso, murmuravam suas falhas no ouvido dos animais, acreditando assim serem perdoados.

“Diziam que quem revelava um segredo para um maçom não conseguia arrancar nenhuma informação dele, assim como o bode, que não fala, apenas berra. A expressão acabou pegando, e os próprios maçons incorporaram isso de forma folclórica. Hoje, vemos até estatuetas de bodes com trajes maçônicos, mas é apenas uma brincadeira interna”, contou.

A Maçonaria guarda segredos?

Um dos maiores mitos sobre a Maçonaria é a ideia de que ela esconde segredos profundos e inacessíveis ao público. José Augusto esclareceu que a ordem não é secreta, mas discreta.

“Nossos estatutos são registrados em órgãos públicos, qualquer pessoa pode acessá-los. O que existe são rituais internos e formas específicas de reconhecimento entre maçons ao redor do mundo, como gestos e palavras-chave. Isso garante que um irmão possa ser identificado e ajudado em qualquer lugar do planeta. Não se trata de um segredo oculto, mas de um sistema de proteção e fraternidade”, afirmou.

Ele exemplificou essa prática com uma situação comum:

“Se um maçom estiver com o carro quebrado em uma estrada desconhecida, ele pode usar sinais específicos para ser reconhecido por outro maçom que passe pelo local. Isso garante segurança e ajuda mútua. Agora, imagina se um criminoso soubesse desses sinais e tentasse enganar um maçom para cometer um crime? É por isso que essas formas de identificação são reservadas.”

Assista à entrevista completa

Além desses temas, José Augusto também falou sobre a estrutura da Maçonaria, sua influência histórica e muitas outras curiosidades. Para conferir a conversa na íntegra e entender melhor a Maçonaria, acesse o link e assista ao bate-papo completo no podcast Conversa Franca.