Atualmente, mais de 100 pacientes necessitam dos serviços oferecidos pela Oficina Ortopédica do Hospital Dermatológico de Cruzeiro do Sul. A demanda vem crescendo cada dia devido a falta de materiais para confecção das próteses e óteses, um problema antigo que já se arrasta há quase quatro anos, de acordo com o técnico do local, Elusbenir Farias.
“Não temos material para confeccionar as próteses, ainda estamos trabalhando e fazendo algumas, vez ou outra, quando o paciente consegue um dinheirinho e arca com os custos, que são muito altos, cerca de R$ cinco mil reais, e nem todos tem condições. É lamentável esta situação que está acontecendo há mais de quatro anos”, contou o técnico de órtese e prótese Elusbenir Farias.
Os pacientes, em sua maioria ex-hansenianos e pessoas com sequelas físicas ocasionadas por outras circunstâncias, estão sofrendo com a situação, muitos não saem mais de suas residências, ou usam muletas para se deslocar, o que dificulta a vida deles. O técnico Elusbernir destacou que a manutenção das próteses deve ser feita de seis em seis meses, devido a região apresentar áreas íngremes e úmidas.
“Sem as próteses eles ficam em casa jogados, sem conseguir andar, e as que ainda usam sem manutenção causa ferimentos, problema na coluna, e muitos outros problemas”, destacou.
A gerente geral do Hospital regional de Dermatologia Sanitária, Helen Siqueira, explicou que esta é uma preocupação desde que a gestão foi assumida. A Sesacre solicitou um levantamento de todo material necessário, além de um projeto de reestruturação do hospital e compra de equipamentos, o que já foi confeccionado pela gerencia e encaminhado para o setor responsável.