Em um desabafo nas redes sociais, o médico Pedro Mariano expôs uma grave situação de preconceito vivida por seu filho de 9 anos em uma academia de artes marciais localizada na Estrada Dias Martins, Jardim de Alah, em Rio Branco. Segundo o profissional da área da Saúde, seu filho Pierre, diagnosticado com autismo e uma epilepsia rara conhecida como síndrome de West, foi expulso do local pelo proprietário, José Roberto, durante uma aula de jiu-jitsu.
Mariano, que tem lutado arduamente para oferecer o melhor suporte ao filho, relatou que Pierre chegou à academia animado para sua segunda aula, mas foi abordado pelo professor que alegou que a presença do menino estava causando medo nas outras crianças. “Levei ele para a aula, ele estava feliz, mas o professor me disse que meu filho não poderia ficar porque estava causando medo e pediu para que saíssemos”, relatou o pai.
No desabafo, o médico destacou a constante batalha contra o preconceito que enfrenta junto com o filho e expressou seu descontentamento com a falta de empatia e compreensão demonstrada pelo dono da academia e funcionários. “Sempre fui forte, mas há momentos em que não consigo mais aguentar. Fui ajudando a academia com publicidade, acreditando que ali havia pessoas boas. Mas hoje, meu filho saiu chorando e isso destruiu o meu dia”, afirmou.
Pedro enfatizou a importância do respeito e da inclusão para pessoas com necessidades especiais e criticou a falta de sensibilidade e equidade por parte do estabelecimento. “No SUS, aprendemos sobre o princípio da equidade, que é tratar casos desiguais de forma desigual. Infelizmente, isso não foi respeitado aqui”, concluiu.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e levantou questões sobre a inclusão e o tratamento de crianças com necessidades especiais em ambientes públicos. "Vou atrás dos direitos do meu filho, porque eu cansei, cansei de sofrer junto com o meu filho", disse Mariano.