Segundo estudo com projeções do banco, crescimento do Estado também deve superar média nacional no ano
O Produto Interno Bruto (PIB) do Acre deve crescer 3,2% em 2022, desempenho acima da média da região Norte e do País, estimados em 1,7% e 2,6%, respectivamente. As estimativas fazem parte de estudo especial do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional.
Realizado anualmente, o levantamento apresenta projeções do banco por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2019.
Nos cálculos de Gabriel Couto, economista do Santander e autor do estudo, a dinâmica positiva no Acre será puxada pelos serviços e pela indústria. O PIB do primeiro setor no estado deve ter expansão de 3,6% em 2022, percentual próximo à expectativa para o crescimento dos serviços na média nacional (3,3%) e na média da região Norte (3,7%).
“Assim como no restante do País, o deslocamento da demanda de bens para serviços após a reabertura da economia deve ter beneficiado o setor no Acre e na região”, aponta Couto. Em suas estimativas, o PIB dos serviços caiu 1,2% em 2020 no estado, e subiu 4,6% em 2021. O setor terciário responde por 85,3% na economia acreana, bastante acima de sua participação na média dos sete estados do Norte (63,6%).
A indústria, por sua vez, tem peso relativo menor no PIB acreano, de 7,2%, mas também deve dar contribuição positiva ao crescimento do estado, com incremento de 1,9% em 2022. A média nacional deve ficar em alta de 0,9%, enquanto na região Norte a perspectiva é de retração de 3,4% para o PIB industrial.
Já o PIB da agropecuária do Acre deve recuar 0,1% em 2022, de acordo com o levantamento do Santander. “Apesar do crescimento do setor, o peso das commodities agrícolas ainda é relativamente menor no PIB da região”, pondera Couto. O PIB agro tem participação de 8,8% na economia da região Norte, e de 7,5% na economia acreana, aponta o estudo.