Juan Freitas tem 24 anos e está se formando em Medicina
Popó falou da relação com o filho gay, Juan Freitas, de 24 anos. O lutador de boxe, de 48, relembrou o dia em que ficou sabendo da sexualidade do rapaz e revelou como reagiu quando o jovem apresentou o primeiro namorado para ele, aos 16 anos.
"Quando o meu filho, aos 16 anos, veio falar para mim que é gay. Primeiro a família falava: 'você nunca reparou no jeito dele?' Aí eu o chamei para conversar e falei: 'Juan, deixa eu te perguntar uma coisa. A família está falando que você é gay, me conta isso'. Ele disse: 'Pai, eu não sei. Sinto atração por menina e menino'. E eu falei: 'quando você se decidir você fala comigo'. Depois de três meses, ele veio e me apresentou um namoradinho", contou Popó em entrevista ao Podcst Hello Val, de Val Marchiori, que foi ao ar na noite da última quarta-feira, 28.
"Ele veio, conversou comigo: 'pai, meu namorado'. Ah, que legal. E eu ainda brinquei: 'se não tratar meu filho bem, vou te dar uma porrada''", completou o lutador, aos risos.
Popó também contou qual foram os conselhos que deu para Juan após saber da sexualidade do filho.
'Falei: 'você tem que saber de que forma e onde você vai abordar o seu carinho, o seu mor por ele. Você tem que saber, porque nem todo mundo aderiu essa ideia. E outra: você tem um sobrenome e cuidado com as redes sociais, que pode acabar com o seu psicológico, pelo fato de você ter um pai lutador de boxe, então, você precisa ter muito cuidado. E outra coisa: agora vou te falar como homem: entre quatro paredes, bote para f#$%¨, se não você vai ser corno'", disse. "E ele perguntou: 'mas o senhor não vi brigar comigo?'. E eu respondi: 'Eu? o fiofó é seu, você dá para quem quiser. Seja feliz".
Durante a entrevista, Popó citou como o mundo e sua própria cabeça evoluiu. "Na minha época, se tivesse um gay na família, meu pai matava ou espancava, e se tivesse um corno era motivo de gozação".
Ele falou ainda que aprendeu com o filho a se referir da maneira correta aos homossexuais: "Eu perguntei: meu filho sobre a opção e ele me explicou que é orientação e não opção e disse: eu gostaria de que o senhor me respeitasse. Ele tinha 16 para 17 anos. Ele me disse que se tivesse opção não seria gay: 'Essa orientação que eu tenho de ser gay é algo que transcende qualquer tipo de comentário do senhor'. Isso é verdade. Independente de sexo".